Aveiro: Ribau devolve provocações do PS sobre PSD e gestão até ao final do mandato

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Assembleia Municipal, Aveiro.

“As questões das eleições são tratadas em outro fórum” declarou Ribau Esteves, na reunião da Assembleia Municipal, esta sexta-feira, em S. Jacinto.

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Uma resposta após reparos vindos da bancada do PS, que não resistiu em abordar o tema das eleições autárquicas na primeira sessão após ser conhecida a aposta do PSD nacional no candidatura do presidente da mesa do ‘parlamento’ aveirense, Luís Souto, contrariando o que era defendido pelo edil.

“Houve muita acrimónia nos últimos tempos dentro do PSD, espero que não prejudique os trabalhos na Assembleia”, declarou em jeito de recomendação provocadora o socialista Pedro Pires da Rosa, trazendo, ainda, à memória o último mandato do presidente Élio Maia, também eleito pelo PSD-CDS, que viu “algumas medidas que a própria bancada votou contra”, como quando o antigo autarca andou a preparar financiamento bancário para aliviar a pressão da dívida.

“Espero que haja solidariedade e entreajuda na ‘Aliança com Aveiro’ (AcA) em relação ao projeto que prometeram aos aveirenses até ao final de setembro”, pediu o vogal do grupo do PS.

O tom de “piada” não levou Ribau Esteves a condescender com ecos do debate eleitoral na assembleia, pelo contrário deixou claro que pela sua parte não será local para tratar tais matérias.

Apesar das ‘fissuras’ na coligação após as divergências geradas pelo processo de escolha de candidato do PSD, o presidente da Câmara afastou alterações de rumo. “Temos um compromisso na AcA, na Câmara e na Assembleia Municipal, que é cumprir o mandato que recebemos dos eleitores, com intensidade até algures meados de outubro quando os nossos sucessores tomarem posse. Outras matérias são tratadas em outro fórum”, insistiu.

Ribau Esteves afirmou-se concentrado em “honrar o compromisso” que os eleitores deram, lembrando que foi “com claríssima maioria absoluta” e para governar todos os orgãos municipais. “Por mais que saudarem candidatos ou fizerem dissertações absurdas sobre o PSD, enganaram-se na porta”, sublinhou.

A tomada de decisões também não será condicionada pelo fim do mandato, assegurou o edil ainda em resposta ao PS. “Vamos comprometer imenso o futuro de Aveiro, mas comprometendo bem”, disse, colocando em contraponto “os que comprometeram muito mais, no sentido negativo”, que obriga “ainda a mais 10 anos a pagar o empréstimo de 80 milhões de euros” para saneamento financeiro da Câmara.

A “responsabilidade política e legal de governar” não será aligeirada: “Se fosse candidato era eleitoralista”, gracejou, deixando para os sucessores a possibilidade de “partir com tudo”, mas sem querer entrar “nesta palhaçada socialista”.

“Todos fugiram”

Jorge Greno, do CDS, acabaria por recuperar os mandatos de gestão do PS, lembrando que “todos os eleitos fugiram” (primeiros lugares de vereadores) após a derrota para Élio Maia, quando “tinham obrigação de estar lá para saber o estado em que deixaram a Câmara”.

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