Depois da alienação do terreno junto da antiga reitoria da Universidade de Aveiro (UA) para um empreendimento imobiliário que prevê incluir uma residência universitária, a Câmara de Aveiro está “perto de fechar” uma segunda operação privada, “já com maturidade grande”, para a construção de residências universitárias na cidade e mantém mais “duas conversas”, com outros tantos promotores, embora “em fase imatura”, sobre possíveis investimentos. Sobre a adaptação da ‘Pousada da Juventude’, a autarquia tinha preferência pela demolição do edifício e um novo, construído de raiz.
Anúncio feito pelo presidente da edilidade na reunião do executivo, esta quarta-feira, depois de questionado pelo vereador Fernando Nogueira (PS) sobre uma “preocupação” relacionada com “o nível de articulação e complementaridade” do município com “o esforço” da Universidade de Aveiro para reforçar a disponibilidade de residências.
Ribau Esteves adiantou que já reuniu com o comprador do terreno ocupado ainda pelo estacionamento junto ao hospital. “Gostei do investidor, é para andar para a frente”, disse, lembrando que um primeiro projeto de residências licenciado pela Câmara foi ‘travado’ na justiça “por puro egoísmo” de proprietários contíguos (junto ao lugar junto do ‘Parque dos Amores’).
Quanto à UA, o autarca garantiu que existe uma “articulação tranquila e positiva” com o mesmo objetivo: “Andamos todos a lutar todos por aumentar a oferta de alojamento”. A UA tem um procedimento em curso para construir residências novas (400 camas) com apoio do PRR. “A Câmara não é investidora em residências universitárias, somo estimuladores e licenciadores”, afirmou Ribau Esteves.
Câmara defendeu demolição do edifício da ‘Pousada da Juventude’
Quanto à decisão governamental de reabilitar e ampliar a capacidade da ‘Pousada da Juventude’ de Aveiro para alojamento estudantil, Ribau Esteves adiantou que a Câmara tentou fazer valer uma alternativa, mas não foi possível. “Compreendemos, não quero dizer se concordo ou não concordo, mas gostava que fosse de outra maneira”, revelou, garantindo, mesmo assim, “disponibilidade total” para o novo projeto.
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A Câmara defendeu juntou da tutela da Movijovem, que gere a pousada, a demolição do edifício, tendo em conta os investimentos projetados para a ampliação do hospital, propondo não só entregar “um terreno fantástico”, como comparticipação comparticipação das obras para instalações de “qualidade”. Apesar de “palavras de agrado” recebidas, as limitações financeiras e prazos pesaram a favor da reabilitação pela parte estatal.
PS pede mais “esforço e incentivos” a estudantes que precisam de transporte
Na sua intervenção, o vereador Fernando Nogueira alertou, ainda, para a necessidade da da Câmara “não deixar apenas para o mercado” a disponibilidade de transporte público quando muitos estudantes deslocados começam a ter residência fora da cidade, pedindo para lá de “algum esforço”, já feito, “incentivos e não só perguntar onde querem o transporte, o que nos incomodou um pouco”.
Ribau Esteves lembrou que “a Câmara sempre solicitou” à Associação Académica da Universidade de Aveiro (AAUAv) sugestões de carreiras e horários, nomeadamente entre a estação e o campus. Na próxima reunião do executivo, adiantou, será analisada a proposta final de aumento da oferta de transporte de autocarros da concessionária municipal Aveirobus, para que possa “melhorar a resposta” atual, esclarecendo que não recebeu “qualquer contributo objetivo” da AAUAv.
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