O ministro da Administração Interna assumiu esta quinta-feira à tarde que será possível reforçar o efetivo da PSP do comando distrital de Aveiro após o curso de formação de 600 agentes atualmente em curso, o maior dos últimos anos, que vai terminar em 2020.
Eduardo Cabrita falava na tomada de posse do novo comandante distrital, superintendente Paulo Jorge Almeida Pereira, que exerceu funções, até ao final da anterior legislatura, como oficial de ligação da PSP no Ministério da Administração Interna.
O governante revelou que será dada “prioridade à dotação de recursos” para responder às carências existentes, através de “alguns efetivos” em fase final de formação nas esquadras do distrito (Aveiro, Ovar, Espinho e São João da Madeira).
O distrito tem atualmente ao serviço meio milhar de agentes.
Eduardo Cabrita deixou ficar nota dos dados da criminalidade mais recentes no distrito, no que diz respeito à área de atuação da PSP, que acompanham “a tendência nacional” de redução da criminalidade, incluindo violenta.
Em 2018, os crimes violentos graves baixaram 9% e a criminalidade geral diminuiu 3 %. Até outubro último, “a tendência consolidou-se” nas esquadras da PSP, com uma redução de 11% da criminalidade violenta e grave e de 4% na geral.
Em relação à intervenções físicas, depois de obras realizadas em Espinho, o ministro adiantou que serão feitas obras em Ovar, S. João da Madeira e também no comando de Aveiro.
Eduardo Cabrita aproveitou a sessão para destacar a importância do “policiamento de proximidade”, considerando “fundamental” o envolvimento dos municípios “numa parceria” que ganha força com o processo de descentralização administrativa em curso, no âmbito do qual os conselhos municipais de segurança têm “um papel reforçado”.
Sobre o novo comandante distrital, disse que “é o homem certo para este desafio”, com formação em ciências policiais e criminologia, aliada a experiência em cargos nacionais e internacionais que o tornam “um dos oficiais mais qualificados” da PSP.
Paulo Jorge Almeida Pereira, que substitui ao fim de sete anos de funções Serafim Sousa, mostrou a sua “disponibilidade” para trabalhar com as entidades locais, públicas e privadas, “no reforço da segurança”, contando com “o envolvimento de todos para conseguir os melhores resultados”.
Quanto ao corpo policial, disse estar empenhado na criação de “um dispositivo mais eficiente, mais eficaz, com presença mais visível”, assim como “na valorização técnica” para enfrentar os desafios do dia a dia relacionados com os fenómenos ligados à segurança, especialmente das camadas mais vulneráveis, e prevenção da criminalidade.
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