“Houve agressões” físicas, concretamente “pontapés”, mas também “insultos e ameaças”. David Iguaz, elemento da associação cívica ‘Juntos pelo Rossio’, justificou, desta forma, a chamada da PSP às imediações da EB 2,3 de S. Bernardo, esta manhã.
Os alegados autores, que foram apontados como pessoas ligadas à empresa subcontratada para cortar as árvores no âmbito da empreitada de requalificação em curso, terão deixado o local pouco antes dos agentes comparecerem a pedido dos queixosos.
Os incidentes ocorreram após a chegada de ativistas das associações ‘Juntos pelo Rossio’ e da Associação Portuguesa de Educação Ambiental (ASPEA) à Rua Egas Moniz, na tentativa de parar o abate.
“Fomos interpelados por um casal, que não conheço de lado nenhum, com insultos e a questionarem-nos por que estávamos ali a criar problemas com as árvores, mas ignorámos e continuámos a caminhar”, relatou David Iguaz.
Ao aproximar-se de um trabalhador que estava de moto serra a cortar árvores, o membro do ‘Juntos pelo Rossio’ terá explicado que estavam a tentar parar a obra durante alguns dias, o que será possível de uma forma legal através do embargo extrajudicial, que requer a presença de três testemunhas.
Na versão de David Iguaz, o casal e outro homem passaram das palavras às ações. “Agarraram-me, deram pontapés ao Joaquim Pinto [dirigente da ASPEA] e ameaçaram atirar aquelas barreiras de plástico que estão nas ruas em obras”, contou.
Além de formalizar a queixa crime contra desconhecidos, os ativistas irão apresentar, durante a tarde, na Câmara, o pedido de embargo extrajudicial.
O movimento ‘Juntos pelo Rossio’ já tinha avançado com uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Aveiro para tentar suspender os trabalhos envolvendo cortes de árvores.
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