A concelhia do PSD de Aveiro “lamenta” a “incoerência e falta de sentido de responsabilidade de Alberto Souto” na sequência de um comentário partilhado pelo ex-presidente da Câmara nas redes sociais opondo-se a possibilidade de ser erguida no Cais do Paraíso uma unidade hoteleira com impacto paisagístico, sem que o tenha feito em sede da consulta pública do Plano de Pormenor que está a ser executado pela Câmara para a zona em causa.
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A estrutura local ‘laranja’ relaciona a tomada de posição com um regresso autárquico e mesmo interesses pessoais do antigo presidente. “Ou será que Alberto Souto, por ser hoje um Operador Imobiliário com interesses privados com pontos de conflito com o interesse público, está à procura de defender a sua posição de investidor em prejuízo do interesse público?”, questiona o PSD.
O antigo edil disse apoiar a elaboração do Plano de Pormenor para a zona que a autarquia colocou em marcha, porque “será possível travar o absurdo projecto que tem vindo a ser divulgado para ali, de cércea equivalente a 14 pisos”, uma “volumetria totalmente desadequada”, que “seria um escândalo” autorizar.
O PSD veio esta tarde reagir, acusando Alberto Souto de “emitir opiniões e comentários pouco refletidos e com objetivo único e singular de tentar fazer esquecer os Aveirenses dos graves e muito demorados danos que causou ao Município e aos Cidadãos, durante a sua governação”.
A concelhia ‘laranja’ liderada por Simão Santana considera que o ex-autarca tomou tal posição “focado” na pretensão de “criar uma imagem diferente daquela que deixou, um alter ego, com claros objetivos políticos futuros”.
Ao “criticar publicamente eventuais opções de gestão urbana – que possibilitem que Aveiro venha a ter uma unidade hoteleira com centro de congressos com dimensão”, os sociais democratas dizem que ficam “obrigados a recordar algumas das contradições entre Alberto Souto, presidente da Câmara de Aveiro e Alberto Souto, opositor político com ambições futuras”. Lembra o PSD, concretamente, que o antigo presidente “licenciou e construiu um prédio de 14 pisos, no Cais da Fonte Nova”, assim como “foi responsável pela construção de um hotel de 9 pisos e 3 caves, construído em zona contígua ao canal da Ria” e “planeou uma ‘monstruosidade’ com a construção massiva em toda área, nomeadamente um prédio de 9 pisos num terreno da Câmara, junto ao Barreiro, opção revertida pelo atual executivo”.
Ler comunicado do PSD de Aveiro sobre declarações de Alberto Souto
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