O PS continua a defender “um plano estratégico para o tecido associativo” do concelho de Aveiro. Posição renovada pelos eleitos socialistas na reunião de Câmara, esta quinta-feira, aquando da aprovação do subsídio ao Beira-Mar, que mereceu apoio unânime.
No entanto, os vereadores da oposição entendem que os apoios deveriam ser preparados “no contexto” de um conselho municipal do associativismo.
“Na análise das candidaturas deverá pontificar uma comissão de avaliação independente”, sugerem, e os resultados obedeceriam “a critérios discutidos, objetivos e claros” com relatórios públicos.
O PS insistiu ainda que, atendendo à pandemia do Covid-19, as associações de Aveiro (IPSS, desportivas, culturais, etc,) “merecem um apoio extraordinário”.
A Câmara ‘deu luz verde’ a duas empreitadas, a renovação do Teatro Aveirense e um acesso na Forca no âmbito da abertura da segunda loja do Mercadona.
O PS diz que “assume as suas responsabilidades” tomando parte “positivamente” em decisões que “favorecem a requalificação de equipamentos, infraestruturas”.
Sobre as obras no Teatro Aveirense, foi pedido à Câmara para “recuperar-se” também “a programação cultural de Aveiro e dos aveirenses”, não esquecendo a necessidade de envolver os agentes do sector no plano de recuperação económica.
Um apelo que coincidiu com o Dia Mundial da Diversidade Cultural e para o Diálogo e o Desenvolvimento, assinalado por uma vigília de cultura e artes em todos o país, incluindo Aveiro, num momento de paragem das atividades, com consequências graves para os profissionais.
“Há fome em Aveiro”
O PS faz eco também de preocupações sociais depois de um périplo pelo concelho no dia do município, 12 de maio.
“Há fome em Aveiro. Fome de pão, fome de apoio à inclusão, fome de proximidade com todos sem excluir ninguém, nos bairros sociais, nas freguesias fora do núcleo urbano, em setores-chave para a retoma mesmo em tempos de pandemia”, alertam os socialistas, chamando a atenção para “pedidos de apoio à recuperação de negócios, de apoio ao comércio local”, uma vez que “as isenções não são suficientes, são uma ajuda importante, mas pontual”.