Os valores atingidos na hasta pública dos cais para os operadores marítimo-turísticos em Aveiro, que quadruplicaram no espaço de cinco anos “são uma enorme evidência do que significa ter visão de futuro”, comenta o PS local em comunicado difundido este sábado à tarde.
O interesse despertado junto do mercado “vêm reforçar a visão estratégica da governação socialista em Aveiro, que decidiu investir na qualificação dos canais e no Lago da Fonte Nova”, lembram os socialistas.
O PS defende que a receita arrecadada pelo município nesta operação de licenciamento deve ser reinvestida “na qualificação e sustentabilidade dos canais”, mas também em “reforçar a qualidade do serviço marítimo-turístico, mantendo a sua atratividade para quem nos visita e a harmoniosa coexistência com quem cá vive”.
“Obras megalómanas que esquecem o mais importante”
O que a concelhia ‘rosa’ liderada por Manuel Oliveira de Sousa rejeita são “obras megalómanas que esquecem o mais importante”, que passa pela “qualidade de vida e aquilo que os munícipes sufragam nos programas que vão a votos – como deve ser tratado em democracia.”
“As obras mais importantes são as que deixam as pessoas realizadas, felizes na sua terra e no seu bairro”, insiste o PS.
Um “exemplo da pouca ponderação do atual executivo municipal nas opções de investimento, fruto de uma conta bancária desmesuradamente alta (50 milhões de euros) e engordada à custa do sacrifício fiscal dos aveirenses”, é o lançamento do concurso de construção do chamado Parque Aventura na freguesia de Esgueira (meio milhão de euros).
“Não pondo em causa o interesse da obra per si, identifica-se no município, e na freguesia em particular também, outras prioridades urgentes cujo impacto na qualidade de vida das pessoas é bem maior”, afirma o PS.
Os socialistas defendem que seria mais importante a requalificação do espaço urbano (Avenida Araújo e Silva, Avenida da Universidade, Avenida 25 de Abril ou Rua Mário Sacramento) que estão “talvez à espera das eleições”, no centro das freguesias ou “nas múltiplas periferias”, de Verba a S. Jacinto e de Eirol a Nariz “trazendo conforto, segurança e qualidade de vida às pessoas”. Estes “são claramente investimentos muito mais geradores de melhoria das vivências dos munícipes do que um Parque Aventura”, refere a concelhia.
O PS lembra ainda a necessidade de uma “adequada manutenção e construção da rede de águas pluviais, por forma a evitar os transtornos causados pela chuva mais intensa, como assistimos esta semana”.
“Desejamos que quando construído o Parque Aventura, não lhe aconteça o mesmo que vemos junto à Rotunda do ISCA e adjacentes – às primeiras chuvas estão a afundar-se”, ironiza o comunicado.
Por último, PS diz que “continua a ter razão quando defende a descida do IMI (para 0,38) para poupar na conta dos aveirenses”, considerando que meio milhão de euros “chega e sobra”.