Aveiro: PS aponta as “grandes marcas diferenciadoras” entre a oposição que fez e o desempenho da maioria

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Assembleia Municipal de Aveiro.
Natalim3

Depois do CDS e do PSD, o PS também não deixou de fazer um balanço do mandato autárquico na Assembleia Municipal de segunda-feira à noite.

O porta voz socialista fez questão de deixar algumas “notas genéricas” depois de ouvir reparos vindos da  maioria quando se analisava a comunicação relativa aos meses mais recentes de gestão camarária.

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“Temos apenas um compromisso com os cidadãos, que está a ser cumprido, com um balanço de grande nível, mas isso está no sítio que interessa, na vida das pessoas, embora gostaríamos que também estivesse no discurso político sério e cristalino de todos. Mas aí não temos companhia na esquerda e na extrema esquerda”, lamentou o edil, garantindo que não será por isso que a maioria “vira um milímetro” do seu “caminho”, que “é servir as pessoas, prosseguir o desenvolvimento urbano com políticas em todas áreas materias e imateriais”. “É por ai que andamos e vamos continuar a andar, porque é isso que interessa aos nossos cidadãos”, reforçou o autarca.

Francisco Picado tomou a palavra para responder e vincar alguns pontos de vista da parte da bancada do PS. As posições assumidas pela direita no balanço da gestão camarária feito na assembleia, começou por dizer, “são ilustrativas do que foi o mandato e o anterior, mas o atual particularmente”. “Há pessoas que ainda não perceberam a função da assembleia. Quando estamos aqui não somos orgão executivo, ao votarmos propostas estamos a dar o nosso aval fiscalizador do orgão executivo, o que o PS fez foi tomar posição a favor, contra ou com abstenção, com significado político, o mesmo se passou no executivo”, explicou. “A crítica de que fomos irresponsáveis e do bota abaixo não cola com o PS, efetivamente houve alturas em que concordámos”, disse o porta voz da bancada socialista.

“Relativamente ao mandato em si”, o debate da comunicação relativa aos dois meses de gestão camarária mais recentes “ilustra bem”, no entendimento de Francisco Picado, “as diferenças entre este executivo e o que PS teria feito”. “Apresentámos diversos caminhos alternativas desde há oito anos, mas cedo percebemos que iriam cair em saco roto. Isso não nos fez desistir de apresentar e encontrar alternativas, nomeadamente com envolvimento de cidadãos, não o fizemos sozinhos”, lembrou, considerando que se trata de “uma diferença que claramente marca este mandato” agora a terminar.

“Não temos educadores do povo como alguns se arrogam, aqui ninguém dá lições a ninguém. Fizemos política com os cidadãos. É uma marca absolutamente diferenciadora. Sobre as obras, qual o executivo que percorreu o concelho que não as fez, umas melhores, outras piores, umas mais bonitas outras mais feias, mais ou menos criticadas ?”, questionou.

O que marcou “claramente” o mandato, no entender do porta voz do PS, foi “um conjunto de obras feitas sem as pessoas” serem ouvidas. “Sempre colocámos essa tónica, e não vale a pena falar que fizeram debates ou colocaram em consulta publica. Quando se abre esse percurso é preciso acolher contributos que acrescentem valor. Esse é o verdadeiro desígnio de quem ocupa lugares políticos, nomeadamente ao nível local, onde a proximidade é absolutamente determinante”, vincou.

Discurso direto

“Quando não há argumentos políticos, e aconteceu diversas vezes, fui alvo de insulto. Aconteceu nesta assembleia quando perguntei o que aconteceu na estrada dique. O presidente disse que eu andava a tentar enganar as pessoas, a criar confusão, a ser mentiroso… É isso que nos distingue profundamente: quando divirjo das suas opiniões nunca parti para o insulto, essa é uma marca que fica colada ao seu mandato e a forma como tratou os eleitos desta bancada. Tem direito de resposta, mas não insulte. Trouxe para Aveiro o que não tinha, baixou o nível da política que é feito neste município. Espero que independentemente da escolha dos aveirenses, esse tipo de registo termine de uma vez e acolha com humildade as ideias transmitidas pela oposição e sobretudo pelos cidadãos” – Francisco Picado (PS).

“O PS passou a usar uma estratégia muito interessante: fala só o chefe, alto, zangado, especialmente depois de ter sido despedido pela administração do hospital *. O Governo do PS só terá usado critérios de qualidade. Aparece sempre muito mal disposto, agreste e zangado com vida. Lá vai o tempo em que elogiava, nomeadamente na área financeira.
Deixar claro que entendo que a assembleia na atitude vossa e perante a Câmara e de mim, nós, para vocês nunca passou o limite da correção. Às vezes mais intensa e com maior radicalismo, mas dentro do que a democracia vai permitindo. Temos um exercício de governação muito forte, muito intenso, com as pessoas, com as Juntas, na rua; de facto somos poder local, trabalhámos sempre em proximidade, não há qualquer atitude que não seja essa. Tudo o que está executado tem essa marca de contributo objetivo pra melhorar a vida dos cidadãos, a atratividade do território, notoridade e peso político, uma vida mais propícia aos que aqui vem ou passar algum tempo. Fomos muito elogiados, aconteceu nesse momento belo que foi a inaguração da obra da estação, pelo presidente da Infraestruturas de Portugal, que é uma pessoa insuspeita ou pelo vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente no Congresso da Região de Aveiro” – Ribau Esteves (presidente da Câmara).

* Questionado por NotíciasdeAveiro.pt, o vogal do PS Francisco Picado remeteu a seguinte nota relativamente à saída do hospital de Aveiro, que voltou a ser trazida ao debate político pelo presidente da Câmara. 

“O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Aveiro, Eng. Ribau Esteves, faltou à verdade. Ou o fez por ignorância ou por má fé. Como não é a primeira vez que o faz e como sempre teve forma próxima de saber quais os motivos que levaram à minha saída do Conselho de Administração do CHBV, fácil será deduzir por que motivo o fez.”

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