O PS votou contra a adjudicação da empreitada da requalificação do largo do Rossio, que envolve ainda uma concessão de estacionamento de subterrâneo.
“No nosso ponto de vista, trata-se da imposição de uma obra vergonhosa, de má vontade contra o futuro de Aveiro e que os Aveirenses não esquecerão”, refere a concelhia ‘rosa’ em nota de imprensa divulgada após a reunião de Cãmara esta quinta-feira à tarde.
O PS reafirma que a requalificação do Rossio é “uma necessidade há muito urgente”, mas como “jardim verde urbano”.
Quanto à cave, os socialistas dizem que continuam com uma “posição contra” que é “sustentada em quatro pontos cruciais”: o processo; a legitimidade democrática; os impactos do projeto; a viabilidade financeira.
Sobre os custos a assumir, “contrariando o inicialmente previsto no estudo prévio do parque de estacionando do Rossio de a construção do mesmo ser assegurada por um investidor privado como contrapartida da exploração do parque”, o PS acusa a maioria PSD-CDS de “onerar a tesouraria municipal com um gasto desnecessário”.
Na obra adjudicada por 11,7 (mais IVA) com a comparticipação a pagar pelo concessionário de 3,3 milhões de euros, o valor a suportar pela Câmara será de 8.3 milhões de euros ao qual será abatido a parcela a receber da UE a fundo perdido de aproximadamente 1,5 milhões de euros.
“Feitas as contas”, o PS diz que “incompreensivelmente” a Câmara “irá limitar a capacidade de investimento “ municipal e “enterrar, contra vontade dos aveirenses e à custa do nosso bolso, cerca de 7 milhões de euros, esquecendo-se de um conjunto de necessidades dos munícipes aveirenses cuja execução se perde na duração dos mandatos da atual maioria já vai em 14 anos”.
Outras críticas
» “O estudo de viabilidade económico e financeira estabelece hoje que o município de Aveiro é que paga este projeto, entregando por 40 anos a lucros de um privado. E o privado fica também com o Parque do Mercado Manuel Firmino”;
» “O presidente de Câmara escondeu dos aveirenses a verdadeira intenção sobre a requalificação do Rossio. Foi fazendo obras, como a nova ponte de S. João ou alterações ao PDM – Plano Diretor Municipal, que suportassem o fluxo de viaturas e construção naquela área, bastante frágil, da cidade; usa a repugnante ‘estratégia de terra queimada’ (deixando que o Rossio passe a ser uma vergonha pela sua inoperância no cuidado mínimo daquele jardim urbano)”.
[nota de imprensa do PS completa]
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