O PS só vê um “único benefício” da nova rotunda instalada na avenida da Universidade, junto ao ISCA, que foi, justamente, abrir uma entrada e saída para o campus. “O resto era desnecessário”, disse Fernando Nogueira.
O deputado socialista aproveitou a última Assembleia Municipal, sexta-feira, para se referir à intervenção rodoviária que foi preciso “afinar” depois de executar a obra “agora com medidas paliativas” para não “penalizar” o direito do peão à cidade, o que poderá passar, como admitiu a Câmara, em deslocalizar a passagem superior junto à EB 2,3 João Afonso.
O vogal do PAN, Rui Alvarenga, retomou as críticas feitas à obra por associações locais ligadas à mobilidade suave.
Ribau Esteves, na resposta, desvalorizou o desagrado, apontando outras razões. “A rotunda do ISCA está bem, funciona muito bem. As medidas complementares tomadas a semana passada até são exageradas, não concordámos com todas, mas, enfim, somos parceiros da universidade. O problema de alguns é a pena de termos conseguido”, disse.
Uma melhoria, com o fim dos semáforos, que era um “objetivo” da Câmara com mais de 30 anos.
“Tenhamos nós mais peões, mais ciclistas. Os que têm problemas, incentivem os peões a passar na passagem superior, está mesmo ali ao lado, fica a meio minuto. Nada de mais. É uma excelente obra, ganhámos fluidez e segurança também”, acrescentou.
Sobre as queixas assumidas pelas associações Ciclaveiro e MuBi, o edil garantiu que “ouviu toda a gente”, mas enquadrou a tomadas de posição, no caso da última, nas “relações partidárias que tem”.
“Ouvimos e fazemos bem com uma diferença: a rotunda está discutida e pensada pela equipa técnica da Câmara, pela equipa técnica da universidade e pelo nosso projetista. Nenhuma das associações têm um único técnico competente, mas dizem umas coisas, especialmente se for contra a Câmara ’tá-se bem’. Vamos fazer demonstração de competência e acabar com esta conversa da treta, onde estão os especialistas?”, disse, mostrando-se contra quem faz “demagogia barata e usa movimentos para fazer oposição”.
Discurso direto
“Dei conta de críticas de associações que são efetivamente utilizadores. Previlegiou os pareceres de engenheiros, não sei se são utilizadores, desconfio que não sejam. O presidente quis valorizar os utilizadores aveirenses e perceber o que tinha a dizer sobre as críticas, se eram reais ou não. Preferiu desvalorizar a presença do PAN mais uma vez” – Rui Alvarenga (PAN).
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