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A Câmara de Aveiro aprovou, esta quinta-feira, o terceiro concurso público para tentar encontrar empreiteiro que ‘deite mãos’ à construção do chamado pavilhão-oficina, a localizada junto ao Estádio Municipal. Ribau Esteves mantém a aposta, apesar das reticências do PS, que tem alertado para o escalar do preço base, votando contra o novo procedimento.
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O novo concurso público vai ter um preço base de 22,790 milhões de euros com um prazo de execução de 540 dias, mais 4,2 milhões de euros que o anterior (segunda tentativa),
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Segundo o edil, a única alteração foi mesmo a atualização do valor, que “cobre a maior parte das propostas”, inválidas por superarem a proposta municipal mínima para adjudicar, procurando, assim, também interessar “outras empresas”.
Fernando Nogueira, vereador do PS, lembrou que o partido até começou por estar a favor do equipamento, por entender que respondia a “necessidades reais”, nomeadamente das coletividades. No entanto, em dezembro passado, quando foi decidido revogar o segundo concurso, pôs em causa a subida de custo, por ultrapassar “limites aceitáveis” para prosseguir. Com o novo concurso, o preço base é já 30 % maior que a primeira tentativa. “Começa a parecer-nos que há aqui uma certa insistência, numa obra de envergadura em que não são raras derrapagens de 20 ou 30 %. Sujeitamo-nos no fim que acabe nos 23 ou 24 milhões de euros”, alertou.
O vereador socialista estranhou que depois de terem surgido propostas no segundo concurso de 1 milhão ou 1,5 milhões de euros acima do valor base, a Câmara aponte para 2 milhões acima das ofertas não validadas. “Isto faz lembrar um pouco o Rossio, fez-se um programa, insiste-se, querer-se fazer a todo o custo. Estamos a falar do erário público, não seria de bom tom adaptar o programa sem deixar de responder à necessidades identificadas ?”, questionou, considerando que seria “aconselhável” tal ponderação nas condições atuais.
Na resposta, o líder da autarquia relembrou que o concurso público “tem sido adequado ao tempo de evolução dos preços, que é brutal e vai continuar”. E voltou afastar a possibilidade colocada pelo PS de redimensionar o projeto.
“Neste tempo 30 % é muito, é pouco ? Enfim, é muito numa empreitada qualquer e quanto maior o valor de base. maior o valor absoluto. Mas entendemos que o está aqui em causa, este pavilhão que inacreditavelmente Aveiro não tem, era mais importante do que o estádio de futebol. É de uma importância absolutamente capital”, lembrando que além das infraestrutruras desportivas (3 polidesportivos) tem espaços diversos e a capacidade multiuso para eventos como congressos ou espetáculos. Um equipamento “que Aveiro nunca teve”.
Discurso direto
“A comparação com o Rossio é feita com uma lógica, embora vocês nunca ultrapassaram o trauma do Rossio. É um problema para a vossa vida. Mas também, essas maluqueiras que andam para aí de alguns socialistas de plantar palmeiras no Rossio, duvido que tenham essa possibilidade. Também podem plantar palmeiras no telhado deste pavilhão, a tecnologia hoje permite tudo. Enfim, abordagens ridículas que fazem às nossas obras. O Rossio é uma de excelência. Toda a gente gosta dela, tem rentabilidade financeira e social. Estamos muito felizes, o nosso povo também. É um exercício de felicidade coletiva” – Ribau Esteves, presidente da Câmara.
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