O ‘estaleiro teatral’ da companhia Efémero, no parque infante D. Pedro, na cidade de Aveiro, tem sido, recorrentemente, alvo de investidas dos ‘amigos do alheio’.
A tentativa mais recente de assalto, ocorrida nos últimos dias, através de arrombamento junto da entrada principal do pavilhão, danificou a estrutura. Nas traseiras, há marcas de uma ação semelhante, que por alguma razão não foi levada em frente.
As imagens não deixam dúvidas da força imprimida, certamente com recurso a ferramentas de corte de chapa e algo para forçar a entrada. Os larápios acabariam por desistir sem consumar o furto, mas causaram danos significativos.
“Demos com um buracão enorme, partiram a parede de dentro e de fora, mas não conseguiram entrar porque havia lá cenários encostados e umas tábuas amarradas”, explicou Vítor Correia, da companhia de teatro.
“Isto não acontece apenas no que é nosso, há uma casa de máquinas e motores elétricos da Câmara que é assaltada inúmeras vezes. Isto não pára, é impressionante”, lamentou o responsável que vê-se confrontado na pior altura para suportar prejuízos com reparações.
Só da Efémero, a PSP recebeu três queixas por assaltos consumados e tentativas. E não foram comunicados todos os casos que sucederam, na ordem da dezena. Numa ocasião, foi levado equipamento de som que seria usado para um concerto no dia seguinte.
A ausência de vigilância facilita o trabalho dos ladrões. Ainda esta semana foi vista uma carrinha junto ao parque onde a ‘Casa de Chá’ (local usado em tempos para ensaios da Filarmonia das Beiras) é também um alvo fácil.
“Agora estamos mais parados, por causa da pandemia, e não estamos no Estaleiro tantas vezes à noite, o que aumenta o risco de aparecerem assaltantes”, afirmou Vitor Correia, sugerindo o reforço da segurança, nomeadamente com rondas da polícia ou de guarda nocturnos.