O ‘Parque Aventura’, em Esgueira, que foi inaugurado em junho de 2021, vai ter de ser rearborizado.
Informação transmitida pelo presidente da Câmara na última reunião do executivo em resposta a um residente naquela freguesia que levou o assunto ao período aberto à participação do público.
“É um bom equipamento, mas as árvores estão secas”, queixou-se o munícipe, estranhando, também, que o parque canino no mesmo espaço não tenha sombra.
Esta semana, a delegação da Quercus em Aveiro também partilhou um alerta nas redes sociais, questionando a origem do problema ambiental.
“É verdade, as árvores estão secas”, confirmou Ribau Esteves ao responder ao munícipe na reunião pública camarária. Mas as causas não são, explicou, as que os ambientalistas colocaram como possíveis.
“Tivemos um índice de sucesso muito alto nas árvores transplantadas da Avenida Lourenço Peixinho que levámos para o parque da cidade, pegaram. As do ‘Parque Aventura’ nenhuma pegou, mesmo algumas novas também não”, disse o edil.
A “análise” feita concluiu que o problema “deve-se muito ao carácter argiloso daqueles solos, que não acolhem muito bem arvores novas e menos ainda transplantadas”.
Assim, será necessário fazer uma nova tentativa “com a plantação de espécies diferentes que poderão adaptar-se melhor”, uma operação a arrancar nas “próximas semanas”.
PAN pergunta pelo regulamento municipal de arvoredo urbano
Na última Assembleia Municipal, a deputada do PAN Marta Dutra também colocou uma pergunta sobre o arvoredo na sequência dos abates realizados na obra de requalificação da Avenida 25 de abril.
O presidente da Câmara foi questionada sobre a execução local da lei 59/2021, que estabelece regime jurídico da gestão de arvoredo urbano. A legislação em causa veio tornar obrigatório, em um ano, a elaboração de um regulamento municipal, estando o prazo a terminar por estes dias.
Por elaborar, continua, também, o inventário do arvoredo urbano. “Quando propusemos, o presidente disse-nos que ia fazer na semana seguinte e passaram dois anos, continuam sem elaborar”, lamentou Marta Dutra que quis saber, ainda, se a autarquia cumpre a obrigação de, em caso de abate de árvores, fazer a reposição de exemplares com duplicação do nível de sequestro de CO2 num raio não superior a 10 km.
Na resposta, Ribau Esteves disse que o PAN faz “uma análise completamente errada da lei”, pois “esqueceu uma série de pressupostos sobre o regulamento”.
“Cumprimos a lei. Teremos regulamento quando o enquadramento legal determinar. Sem problema legal”, acrescentou, garantindo que a Câmara “faz uma boa gestão do arvoredo urbano.”
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