Pais da escola básica do primeiro ciclo de Santiago, em Aveiro, compareceram na última Assembleia Municipal, realizada em São Jacinto, para dar conta das dificuldades enfrentadas no arranque do novo ano letivo.
Queixaram-se de falta de recetividade do Agrupamento de Escolas de Aveiro (Homem Cristo) em criar uma nova turma do quarto ano para evitar que as três existentes ultrapassem o número de alunos, como estará a acontecer.
O máximo são 26 mas estão criadas turmas com 28 crianças (2) e uma de 26 que deveria ficar-se pelos 20, por beneficiar de redução por incluir alunos com necessidades especiais. Uma turma é mista (3º e 4º ano).
Rui Raposo, um dos representantes dos pais, garantiu que “existe espaço e pedidos de transferência” que permitem viabilizar a turma nova, permitindo, além do mais, que a escola cumpre os requisitos legais.
“O estigma social associado à escola foi amenizado nos últimos anos, hoje é bastante atrativa. Não podemos concordar que não se cumpra a lei. Põe em causa o bom funcionamento das aulas e o sucesso escolar” alertou, pedindo a intervenção dos orgãos autárquicos para “persuadir o agrupamento” a aplicar a lei”.
Ainda se pôs a hipótese de uma turma de 35 alunos com dois professores, como que a ‘dividir o mal pelas aldeias’. O recurso à Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEST) também não permitiu encontrar solução para as exigências dos pais.
Ribau Esteves, presidente da Câmara, lembrou que a autarquia não tem forma de intervir directamente, por ser competência da tutela, mas comprometeu-se a usar “influência política”, contactando o agrupamento.
“A Câmara tem o poder de não fazer mais salas, se as escolas não aproveitarem bem as salas”, referiu o edil, partindo do pressuposto que Santiago, tido como o melhor centro escolar em termos físicos, “tem boa gestão”.