As obras na Rua do Sal e jardim do Rossio motivaram pedidos de esclarecimentos e reparos na Assembleia Municipal que esteve reunida esta quinta-feira à noite.
Temas levantados durante o período destinado a analisar a comunicação sobre os últimos meses de gestão camarária entre setembro e novembro.
Sobre a empreitada para a criação da nova praça ajardinada e estacionamento subterrâneo, que tem 16 meses previstos de trabalhos pela frente, António Salavessa, da CDU, mostrou preocupação devido à decisão de “fechar tudo ao mesmo tempo”, quando, na sua opinião, seria recomendável executar por fases, como acontece na Avenida Lourenço Peixinho. Apontou como consequências negativas o aumento de pressão sobre os moradores na zona, nomeadamente devido à retirada de lugares de estacionamento, e focos de insegurança criados pela passagem junto ao canal.
Ivo Costa, eleito do Bloco de Esquerda, abordou a obra de reparação do ‘rombo’ na Rua do Sal, contígua ao canal da salinas.
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Os “trabalhos complementares” em curso levaram Francisco Picado (PS) a questionar os encargos envolvidos e a que entidade (projetista, empreiteiro, dono da obra) será imputada “a responsabilidade pelo que aconteceu”.
Sobre o Rossio, o presidente da Câmara, adiantou que a empreitada “vai ter vários momentos”, justificando a colocação de taipais pelas obras em causa, de “grande densidade técnica”, com maquinaria pesada, garantindo acompanhamento para “compaginar o melhor possível” com a vida local” e, se necessário, com “aspetos melhorados”.
“A esmagadora maioria das pessoas é a favor, agora é concentração total na obra”, referiu o edil, deixando ainda o empenho em “ganhar bem todos os processos” judiciais relacionados com a intervenção, numa resposta à tomada de posição do Movimento Juntos pelo Rossio, que “renasceu para a cidadania após a paixoneta aguda com o PS”.
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Para Ribau Esteves, o problema do estacionamento no bairro da Beira Mar “só se vai resolver” com a requalificação urbana prevista pela Câmara, que já tem projeto concluído para a primeira fase.
Quanto à reparação de uma extensão de 25 metros da Rua do Sal que ruiu devido, segundo a Câmara tem apontado, à existência de um ‘poço de correntes’ contíguo, a empreitada de assentamento de pedra deverá ficar pronta em janeiro ou fevereiro do próximo ano, altura em que será oficialmente inaugurada.
O presidente mantém como estimativa de custos meio milhão de euros. Adiantou que a autarquia irá preparar um relatório técnico “para dar conhecimento do problema que aconteceu na jurisdição” da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que embora seja a entidade gestora da Ria “recolhe taxas e não faz nada”.
O autarca não se mostrou esperançado em ver aquele organismo desconcentrado do Ministério do Ambiente assumir os custos, lembrando que nem o pagamento dos trabalhos para retirar uma baleia morta da ria em S. Jacinto (10 mil euros) foram, ainda, pagos ao prestador de serviço.
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