O PS, através do vereador Manuel Oliveira de Sousa, questionou a presidência da Câmara sobre a obra em curso na chamada ‘ponte-praça’, no centro da cidade, uma vez que o elenco municipal não tinha sido, ainda, colocado a par das intenções para a renovação em curso daquele emblemático local junto da histórica antiga capitania do Porto de Aveiro, enquadrada pelo canal central.
O eleito abordou o assunto esta tarde de quinta-feira aproveitando o período antes da ordem do dia da reunião do executivo camarário, que teve carácter público.
“O que é que se passa nas pontes ? Sabemos, deduzimos, que pode haver ali uma correlação ou necessidade de intervenção do ‘dono da obra’ para resolver problemas nas obras adjacentes, Avenida e Rossio. Mas não deixa de ser estranho ouvir o presidente dizer que ainda não sabe o que vai para a rotunda, praça Humberto Delgado, havendo obra a decorrer. O que se está a passar ?”, questionou.
Manuel Oliveira de Sousa considerou que “é relevante um esclarecimento sobre isso”. O que “não havendo concurso público ou projeto e havendo obra não deixa de ser um bocadinho estranho”.
O presidente da edilidade, na resposta, começou por esclarecer que os trabalhos dizem respeito à “execução de uma obra de um projeto aprovado e que tem empreiteiro”.
Na fase inicial, segundo informou, tratou-se da demolição “dos elementos que não são precisos para o futuro”, nomeadamente uma antiga estrutura metálica que sustentou o “lixo” que ficou de uma bola gigante de promoção do Euro 2004 em futebol, em que Aveiro recebeu um dos grupos.
Ainda à superfície, a intervenção permitiu “acabar com o passeio na bolacha” existente no centro da praça, onde não é permitido circular peões.
“Ampliar bastante os passeios envolventes”
O projeto para renovar a rotunda prevê “ampliar bastante os passeios envolventes, reduzindo a plataforma rodoviária” onde “de uma vez por todas, não vai ser permitido estacionar à volta”, que até é uma infração ao código da estrada mas ainda uma prática naquela zona.
A “terceira dimensão”, que é “a parte mais importante”, diz respeito ao “reforço estrutural” das pontes, o que nunca aconteceu desde a sua construção.
Ribau Esteves adiantou alguns pormenores do que vai ser “a obra de arte”, ainda em definição, a colocar no meio da rotunda, com uma dupla perspetiva, à superfície e para quem passa por baixo, por exemplo, a fazer o percurso dos passeios de barcos tradicionais da ria (ver vídeo).
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