Aveiro: Nova versão do estudo prévio do Rossio inclui acesso único para entradas e saídas da cave

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Estudo prévio da requalificação do Rossio, Aveiro.

O presidente da Câmara de Aveiro anunciou na Assembleia Municipal de Aveiro, esta segunda-feira, a apresentação “dentro de dias” da segunda versão do estudo prévio do projeto de requalificação do jardim do Rossio, fazendo notar que “as pessoas gostaram da evolução, nomeadamente no tocante aos espaços verdes”.

Ribau Esteves falava no período antes da ordem do dia, a pretexto de uma intervenção por parte de um elemento da secção de Aveiro da MUBi – Associação pela Mobilidade Urbana em Bicicleta.

Rui Igreja foi dar conta da posição contrária à instalação do estacionamento em cave no jardim do Rossio, por estar desprovida de uma estratégia de mobilidade mais global, desconsiderar alternativas, nomeadamente parques existentes, e não aplicar boas práticas.

O edil começou por esclarecer que “todos os projetos” PEDUCA “cumprem todas as obrigações e deliberações” dos planos e programas de financiamento.

Sobre o Rossio, reafirmou a redução de 40% do tráfego automóvel no bairro, enquadradas “num conjunto vasto de medidas, com lógica global”.

Ribau Esteves garantiu ainda que a Câmara irá analisar “todos” os contributos recolhidos na audiência pública da primeira versão do estudo prévio, seguindo “para os esboços da segunda versão” a apresentar “dentro de dias”.

“Não tivemos muitas participações, foram muito poucas. Houve um texto muito repetido, que não foi assim tanto, 70 ou 80 vezes. Entendo que sejam pessoas a subscrever o texto”, disse o autarca.

Em termos de “diferenças de substância” foram “muito poucas”. Na leitira de Ribau Esteves “as pessoas gostaram da evolução, nomeadamente nos espaços verdes”. Resta a polémica do parque, com “uns mais informados e outros de forma superficial contra”. Registaram-se ainda “dois textos a favor.”

“Estamos a considerar todos. Não vai haver relatório de um ato não formal. Garantimos que iremos dar atenção a todos os contributos que recebemos, partilhar com a equipa técnica”, assegurou.

Uma das alterações assumidas diz respeito às entradas e saídas do parque. Os dois pontos inicialmente previstos, em pontos diferentes, irão dar lugar a uma entrada e saída “na mesma rampa” de acesso.

“Agora o estacionamento está lá. Só ainda não acabámos a parte financeira, que será determinante”, explicou o presidente da Câmara.

Discurso direto

“O projeto é vazio de uma política e estratégia de mobilidade sustentável. Não tem qualquer enquadramento com planeamento e ordenamento da cidade. Falha rotundamente ao não analisar outras oportunidades e boas práticas de mobilidade, os parques periféricos, ou rentabilização dos existentes subaproveitados.
Contraria ainda orientações de planeamento da cidade para a mobilidade, aprovadas pela Assembleia Municipal.
É feito à revelia das boas práticas, com ausência de justificação técnica da necessidade do parque no Rossio.
O projeto da Câmara não passa de um anacrónico, inútil e nefasto capricho. Recomendamos um verdadeiro estudo de mobilidade, uma estratégia mais global, ao nível da cidade, de todos os modos” – Rui Igreja, MUBi.

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