Inundações, estradas municipais ribeirinhas cortadas, queda de árvores e infraestruturas, destelhamentos e deslizamentos de terras. É este o panorama no distrito de Aveiro devido ao mau tempo, sem registo, até às 18:00, de danos materiais ou pessoais graves.
A circulação de comboios na Linha do Vouga foi suspensa devido ao alagamento da ferrovia em vários troços.
No mar, a barra do Porto de Aveiro estava fechada a embarcações com menos de 35 metros. Ao longo do litoral costeiro, não havia registo de galgamentos devido à ondulação.
Aveiro está em ‘alerta vermelho’, prevendo-se até amanhã chuva intensa e rajadas de vento.
Segundo o comandante distrital do Comando Distrital de Operações de Socorro de Aveiro (CDOS), ao final da tarde tinham sido registadas “mais de 280 ocorrências” desde a meia noite motivadas pela chuva intensa e vento forte.
“Agora temos o Rio Vouga que está a aumentar de caudal, devido às descargas da barragem de Ribeiradio, o que vai criar problemas nas margens dos concelhos de Sever do Vouga, Albergaria-A-Velha e Aveiro, nos campos, e também poderá afectar a baixa do Águeda. Temos de aguardar para ver como o tempo evolui, se a chuva continua, como se prevê. Tivemos agora umas tréguas, precisamos de aguardar”, adiantou António Ribeiro num ponto de situação.
Ao final da tarde, a água já estava a subir em algumas ruas junto ao rio, em Águeda, como se vê em fotografias partilhadas pelo jornal Soberania do Povo.
A barragem de Ribeiradio chegou ao máximo da sua capacidade e limites de segurança e a EDP deu conta durante a tarde que iria aumentar a descarrega de 450m3 por segundo para cerca de 650 m3 por segundo.
“Aconselhamos as pessoas a evitarem sair de casa durante a noite, a resguardarem-se e quem circular nas estradas fazê-lo com muito cuidado”, recomendou o comandante distrital da Proteção Civil.
A Câmara da Mealhada ativou o seu plano municipal de emergência e proteção civil, de forma preventiva, tendo sido, até esta hora, caso único na região.
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