Um homem obrigou, esta tarde, pelas 16:30, a antecipar o final de mais um dia dos trabalhos na obra de renovação da Avenida Dr. Lourenço Peixinho, que decorriam junto da ‘ponte praça’, no centro de Aveiro, num protesto contra a alegada falta de segurança dos lancis rodoviários, que estarão, segundo disse, também, a violar o próprio regulamento municipal de obras e trabalhos na via pública.
O indivíduo aprisionou-se a uma retroescavadora, impedindo que continuasse a circular. Segundo a PSP, o cidadão “encontrava-se com os pulsos presos, com uma corrente e dois cadeados”.
O protesto terminou pacificamente cerca de uma hora depois, quando os agentes policiais rodearam o homem com ajuda de um operário da obra, que, socorrendo-se de um alicate, cortou o cadeado. Não se registaram danos, incluindo pessoais. Mas “como prevenção de ocorrências futuras, a corrente e os cadeados foram apreendidos” pela PSP e o indivíduo identificado.
Aos jornalistas presentes, o manifestante apresentou-se como Venceslau Costa, de 54 anos, engenheiro de telecomunicações “de Aveiro”, onde regressou por força da pandemia, depois de estadia prolongada nos Estados Unidos da América. “Há um edital de obras e trabalhos na via pública, é de 2014, está assinado pelo presidente Ribau Esteves. Ao contrário das exigências obrigatórias do artigo 22º, estes lancis aqui não têm zona de resguardo, que é a primeira defesa do peões ou a forma de um cego saber que sai do passeio. Vemos que está raso, isto não é opcional, mas de lei”, denunciou o manifestante, lamentando que seja um “erro comum em outras localidades”.
O presidente da Câmara, Ribau Esteves, disse não ter recebido qualquer denúncia da parte do cidadão em causa, por isso entendeu “não fazer qualquer comentário” sobre o incidente. Lembrou apenas que a obra da avenida esteve a cargo “de uma das melhores empresas de projetistas do país”.