Um homem de 57 anos confessou no Tribunal de Aveiro, esta terça-feira, a autoria de 13 furtos (três dos quais tentados), cuja autoria lhe estão atribuídos, no concelho de Aveiro, de agosto a a outubro de 2022. Negou apenas um roubo, alegadamente cometido sob ameaça de navalha, numa peixaria, em Esgueira, porque teria deixado no estabelecimento um saco com artigos diversos que tinha furtado (navalha, relógios, óculos, um aparelho auditivo, entre outros) como garantia de pagamento de um quilo de gambas. “Entretanto, fui preso e não pude ir pagar”, justificou ao prestar declarações no início do julgamento.
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O arguido, que se encontra detido à ordem de outros processos, assumiu, para além dos furtos, ainda três crimes de condução sem habilitação (fazia-se transportar numa motorizada furtada) e o crime de detenção de armas proibidas (armas brancas, chicote, munições apreendidas em casa).
Nas declarações à juíza presidente, fez questão, de ilibar o segundo arguido do processo, um amigo de infância, que, segundo a acusação, terá sido cúmplice do assalto a um barracão em Cacia, onde se encontrava uma autocaravana, de onde esvaziaram vários artigos e equipamentos no valor de 10.000 euros, para além de causar danos. “Ele nunca andou comigo”, garantiu. O acusado também negou ter tomado parte em qualquer furto. “São testemunhas falsas”, lamentou, referindo-se a quem o envolve no assalto de Cacia.
O arguido principal, que vivia sozinho, justificou os furtos recorrentes cometidos no verão de 2022 (ficou preso em outubro) por necessidade de dinheiro, embora sem revelar o destino dos artigos subtraídos. “Quando não havia trabalho nos biscates, furtava”, assumindo que tinha um problema de alcoolismo, que tem vindo a tratar na cadeia.
A lista de bens furtados é extensa, incluindo artigos de valor, dinheiro, comida e até dois casais de ‘pombos correio’ e respetivos ovos retirados de um pombal.
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