Aveiro ganhou “capitalidade” cultural “que não terminará” – ministra da Cultura

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Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues.

A ministra da Cultura deseja ver prolongada a “capitalidade” assumida por Aveiro 2025 nas próximas edições da Capital Portuguesa da Cultura (CPC), cujo testemunho passa agora para a cidade de Braga seguindo-se Ponta Delgada em 2026, subscrevendo, assim, o compromisso municipal de continuar a elevar a qualidade cultural.

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“Aveiro 2024 começou mas não terminará, mesmo que Braga e Ponta Delgada assumam e honrem os testemunhos, como estou certa. Foi a pensar na longa duração, no início sem fim que Aveiro concebeu e assumiu esta capitalidade, é o primeiro aspeto que gostaria de realçar”, afirmou Dalila Rodrigues ao intervir no Teatro Aveirense, este domingo à tarde, antes de um recital de piano de Marta Menezes, penúltimo evento da programação da CPP na ‘cidade dos canais’.

A governante elogiou a programação “plural” de Aveiro 2024, “estruturada em temas complexos e fundamentais que nos mobilizam agora e no futuro: identidade, democracia, sustentabilidade e tecnologia”.

Com a passagem de testemunho, “é também muitíssimo oportuno” para as duas capitalidades” que se seguem, e outras, no futuro, uma “reflexão” sobre aspetos como “missão, objetivos de serviço público, programas e públicos se pretendem alcançar”.

Dalila Rodrigues aproveitou a presença em Aveiro para anunciar que, a partir de janeiro, um périplo pelo país, em “missão de diálogo” com os municípios para dar conta das políticas culturais do ministério.

“Aveiro tem feito um trabalho absolutamente notável. Cultura não é entretenimento, mas o entretenimento pode e deve apropriar a cultura para se enriquecer”, sublinhou em referência a eventos locais, recusando “a ideia de alta cultura e baixa cultura”, da mesma forma como afasta “o eixo Lisboa – Porto como estrutura de debate ancorado na ideia de território”, algo que “está completamente ultrapassado”.

700 eventos, com uma centena de estreias, deram “mais notoriedade à cultura portuguesa no palco aveirense”

“Mais de 700 eventos”, incluindo uma centena de estreias depois, Aveiro deu por concluída a programação da CPC num ano percorrido de “forma intensa”, como afirmou o presidente da Câmara. Ribau Esteves remeteu o balanço de contas e atividades para outras três datas em 2025 (12 de fevereiro, 23 de maio e 10 de junho), com eventos (um deles “em terras longínquas”), que estão a ser preparados para o efeito.

Depois de preterido para Évora na escolha de Capital Europeia da Cultura de 2027, o município aproveitaria “a aprendizagem” feita na candidatura “para ganhar a oportunidade” de ser CPC e, assim, “dar mais notoriedade à cultura portuguesa no palco aveirense” e num território que não deixou de ser alargado à Região de Aveiro.

A “dimensão material” da ‘marcas’ da CPC fica registada em obras de arte (a esfera de Rui Chafes nas ‘pontes’ e a evocação das muralhas projetada por Siza Vieira), mas também na Casa de Música, que passou a servir como sede da Orquestra das Beiras.

Espetáculo de encerramento “Cenários Infinitos” a cargo do Theater Titanick

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