Fernando Nogueira, vereador do PS, criticou a “falta de medidas preventivas” do impacto decorrente do empreendimento imobiliário que implica a supressão do estacionamento junto da antiga reitoria da Universidade de Aveiro enquanto decorrer a construção no terreno vendido pela Câmara. Em resposta, o presidente da edilidade apelou a maior utilização de transportes públicos e garantiu um aumento de lugares no parque dos antigos armazéns gerais / estádio, uma parcela que estará vaga até ao início da ampliação do hospital.
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“Está muita gente preocupada com o que vai acontecer”, alertou o eleito socialista ao intervir no período antes da ordem do dia da reunião camarária realizada esta quinta-feira a propósito do início do empreendimento imobiliário junto da rotunda do hospital de Aveiro, com um prazo de obra de 14 meses.
Fernando Nogueira lembrou “a posição de objeção” assumida pelo PS à venda do terreno para erguer um novo edifício multifunções (residências universitárias, zona comercial), estranhando que a Câmara não tenha executado o “estudo polo” previsto no Plano Municipal de Mobilidade Sustentável que, poderia ajudar a prever “os impactos” da urbanização em causa, mas também de outras dinâmicas previstas, nomeadamente por força da localização da nova Secundária Homem Cristo junto da EB 2,3 João Afonso, sobre as quais, lamentou, “a discussão tem sido muito pequena”. O vereador antecipa,”uma vez mais, o reforço das condições de utilização do automóvel, ainda que esbatidas um pouco pelo esforço de oferta de transporte publico”.
Em resposta, o presidente da Câmara não subscreveu as preocupações expressas, acreditando que a disponibilidade atual de transportes públicos que servem o hospital e o campus universitário”é muito superior, em qualidade, quantidade e paragens envolventes”, impondo-se que seja devidamente aproveitada para evitar deslocações em viatura própria. O que estará a acontecer, atendendo a que o número de passageiros da AveiroBus aumentou 20 a 25% em 2024.
Os 200 lugares de estacionamento suprimidos durante a obra (o empreendimento prevê incluir sensivelmente os mesmos distribuídos por parque em cave e à superfície) serão compensados nesta fase por um reforço de 40% da capacidade atual do parque no terreno do antigo estádio / armazéns gerais (onde existem cerca de 250 lugares), enquanto não for cedido para a ampliação do hospital. Nas deslocações curtas, de “um ou dois quilómetros”, Ribau Esteves apelou que se faça “a pé ou de bicicleta e não esta coisa, mesmo de quem defende modos suaves, de saber onde deixar o carro”.
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