A sétima versão do estudo prévio, fase final, para a qualificação da Avenida Lourenço, hoje dada a conhecer, sumariamente, em reunião de Câmara, mantém duas faixas de rodagem em cada sentido (uma das quais para autocarros e bicicletas) e um separador, reduzido a cerca de um metro, a deslocalização do arvoredo e estacionamento. Os passeios laterais terão cinco metros, cerca do dobro do que existe atualmente.
Segundo informação prestada pelo presidente da edilidade, permanecem previstas duas “pequenas” rotundas para os cruzamentos existentes (Ruas Alberto Souto e Eng. Oudinot) e um troço entre a Capitania e o Banco de Portugal “que irá dar primazia ao peão, com restrições mais fortes do que acontece hoje”.
O estudo prévio, que deverá ficar concluído até ao final do mês, encontrando-se ainda aberto a “contributos”, vai, de acordo o que assegurou Ribau Esteves, “retirar pressão” do tráfego ao centro com “um anél viário” exterior no qual a edilidade vai investir, como é o caso das novas rotundas a localizar em Esgueira e numa das ligações mais a sul (a partir da antiga 109). Evitar-se-á, assim, o acesso pela avenida que é feito atualmente para chegar a vários pontos da cidade.
Esclarecimento feito após a vereadora do PS, Joana Valente, ter alertado para a necessidade de articular “previamente” a intervenção com um plano de mobilidade, “que não existe”.
O vereador João Sousa remeteu para momento posterior uma tomada de posição mais concreta dos socialistas, atendendo a que a proposta foi conhecida poucas horas antes da reunião.
Propostas:
– retirada dos semáforos nos 3 cruzamentos onde existem e colocação de duas rotundas nos cruzamentos com as Ruas Dr. Alberto Souto e Eng. Oudinot (que passam a ter dois sentidos permitindo o atravessamento da Avenida sem ter de a percorrer), com materiais que promovam a circulação a baixa velocidade;
– construção de uma Praça/Avenida entre os edifícios do antigo Banco de Portugal e da antiga Capitania (fazendo a ligação ao edifício da atual Biblioteca Municipal), dando primazia aos peões e aumentando as zonas de estar e de circular dos peões, instalando em local adjacente dois novos abrigos de passageiros e a praça de táxis com apoio sanitário;
– uma via de circulação rodoviária franca em cada sentido,
– uma via de circulação em cada sentido reservada a transportes públicos e bicicletas, que também é a via de servidão do acesso ao estacionamento automóvel que vai continuar a existir em cada um dos lados da Avenida, com a instalação de áreas de espaços verdes;
– instalação de nova rede de águas pluviais e de nova rede de iluminação pública.