Aveiro: “Estamos a lutar por uma solução, a ver se pode ser solução” -Ribau Esteves sobre a situação de S. Jacinto

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Edifício-sede da Junta de Freguesia de S. Jacinto, Aveiro.

S. Jacinto enfrenta “um problema muito difícil de resolver”, tanto mais porque, concluiu a Câmara de Aveiro numa ronda por entidades públicas, “o país não tem solução”.

Ribau Esteves não deu muitas esperanças para ultrapassar a relativamente curto prazo o desequilíbrio financeiro da Junta de S. Jacinto.

Ainda assim, a freguesia poderá, voltar a receber verbas ao abrigo da delegação de competências durante este ano, embora continue fora da lista dos apoios a protocolar brevemente com as restantes Juntas do concelho, para evitar que as receitas sejam penhoradas por dívidas à espera de pagamento.

Existe, no horizonte, apenas, uma possibilidade que, para já, tudo indica, não passa disso mesmo, como deu a entender o presidente da Câmara, sem adiantar pormenores.

O tema foi suscitado na Assembleia Municipal realizada esta sexta-feira pela maioria PSD-CDS-PPM a pretexto da estreia de Arlindo Tavares, novo presidente da Junta que tomou posse em janeiro na sequência da vitória eleitoral da ‘Aliança com Aveiro’ nas intercalares de novembro.

As primeiras semanas do novo elenco foram marcadas pelo arresto de bens que deixou o edifício-sede a trabalhar com os ‘mínimos’ na sequência da execução de uma dívida das muitas que estão atraso, totalizando um passivo estimado em pouco mais de 700 mil euros.

Arlindo Tavares, numa breve intervenção, assumiu que S. Jacinto vive “dias tristes” pelas dificuldades em que se encontra a Junta a que preside, “mas não desistimos”, garantiu em nome do elenco. O presidente da Junta aproveitou para “agradecer a ajuda do presidente da Câmara”.

Discurso direto

“Estamos aqui para trabalhar e ajudar. O problema é muito difícil. O pais não tem solução para o gravíssimo problema de S. Jacinto. É também vergonha nacional,uma Junta que tem uma relação de desequilíbrio entre divida e receita é de 13 vezes, a da Câmara, que recuperámos era 13 vezes e meia.
Saibam que o país não tem solução legal nem financeira para este problema que é do pais, porque a Junta é uma entidade do Estado português. O dono é o Estado e não tem solução financeira e legal para uma sua unidade falida gravemente.
Eu já corri as ‘capelinhas’ todas, com devido respeito pelas pessoas: DGAL, FAM, IGF, Secretaria da Administração Local, ministra da Coesão Territorial. Conclusão ? Não há solução. Estamos a lutar por uma solução, a ver se pode ser solução para nos ajudar resolver um problema de sanidade institucional do Estado Português, apenas está cá no nosso município” – Ribau Esteves.

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