Fernando Nogueira, vereador do PS, aproveitou o período antes da ordem do dia a reunião pública do executivo, esta segunda-feira à tarde, para deixar “um apelo” à Câmara “para intervir” no estacionamento abusivo na zona da Beira-Mar e outras ruas, considerando “incrível” o que passa, por exemplo, na Rua do Gravito, apesar da existência de pilaretes.
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“Não vale a pena pensar que as pessoas tenham comportamentos adequados”, lamentou o eleito socialista, para quem o aumento da tarifa de estacionamento na cidade leva a “procurar alternativas nas zonas residências” por parte de não moradores que buscam lugares, “o que provoca problemas”.
Fernando Nogueira admitiu que “é uma zona difícil de gerir”, por força das atividades ali localizadas, impondo-se, ainda assim, “intervenções corretivas” mesmo antes da anunciada obra de requalificação do bairro da Beira Mar e envolventes, desde logo na sinalização “que não é melhor”, mas também com “vigilância policial mais apertada”, questionado qual o “nível de infração de estacionamento”.
O vereador sugeriu, a propósito, que a Câmara iniciasse, desde já, a discussão em torno do projeto para o arranjo urbano da Beira Mar “e não esperar que a obra venha”.
Na resposta, o presidente do executivo assumiu que existe, por um lado, “um problema crescente de falta civismo” de condutores e, por outro, “escassez de polícias, até na Polícia Municipal” que impede uma fiscalização mais apertada, remetendo para outro momento um balanço no que diz respeito à aplicação de multas.
A PSP, apesar de invocar que “o trânsito está em último lugar nas prioridades” dos seu serviço, tem sido alertada, garantiu Ribau Esteves, dando o exemplo a necessidade de atuar junto das viaturas TVDE que usam as rotundas da ‘ponte praça’ ou das Glicínias “como praças”, enquanto aguardam pelos clientes.
A Câmara tem discutido com a PSP “medidas para dissuadir o estaciona ilegal, especialmente no centro da cidade”, também no quadro de “instrumentos novos”, como é o caso do estudo prévio de vídeo vigilância nas zonas centrais, embora tal venha a necessitar “também de mais recursos humanos, para vigiar e de reação rápida”.
Ribau Esteves minimizou o que se passa na Rua do Gravito, considerando que “em regra está bem”, apesar de casos de falta de civismo. A intervenção feita naquela zona será, adiantou, “a tipologia” das obras previstas para a Beira-Mar, colocando pilaretes “onde tem de ser”, mas sem ser “por todo o lado”. Existem alternativas, como aconteceu ao optar-se por vasos grandes para travar paragens em cima da calçada junto do Palace Hotel, que estavam a degradar o piso.
Ainda em resposta ao vereador do Fernando Nogueira, o edil esclareceu uma adjudicação nova, de 150 mil euros, feita à empresa que esteve envolvida na obra do Rossio para intervenções na mesma zona. Não se tratam, segundo explicou, de reparações de defeitos na empreitada, que tem garantia durante cinco anos, mas de situações que não ficaram bem projetadas desde o início, dando o exemplo da necessidade de reforço de piso numa zona da Rua João Mendonça onde existem contentores de lixo, para ser utilizada pelo camião de recolha, e o aumento da capacidade de recolha de águas pluviais na zona Casa de Chá.
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