A decisão da administração hospitalar de “uniformizar o circuito e abordagem nas emergências do doente pediátrico sem critérios para Covid-19” está a causar desagrado.
Os enfermeiros das urgências, através de uma tomada de posição sindical hoje divulgada, colocam em causa a instrução de trabalho dada a 30 de abril, desresponsabilizam-se de eventuais consequências para a saúde dos utentes e exigem que a ordem seja alterada.
Segundo um comunicado da delegação de Aveiro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), a medida “engloba as emergências não passíveis de estabilizar no atual espaço da urgência pediátrica não Covid”, que não dispõe de sala de emergência e encerra às 20:00, sendo encaminhadas para a sala de emergência não Covid da urgência geral/adultos.
Esta última, refere a nota sindical, “não está de modo algum” munida de dispositivos médicos, terapêutica nem de enfermeiros “que possam garantir a segurança e qualidade no atendimento e prestação de cuidados eficientes e centrados nas necessidades do doente pediátrico”. O que deveria suceder “através de uma rede de intervenções coordenadas e sistematizadas”.
Atendendo a que “a situação envolve a segurança do doente pediátrico”, o sindicato pede que sejam tomadas “as necessárias medidas reparadoras no mais curto espaço de tempo”.
Além disso, os enfermeiros da urgência geral/adultos “declinam no conselho de administração do CHBV toda e qualquer responsabilidade inerente às consequências decorrentes desta instrução de trabalho”.
O sindicato agendou para amanhã à tarde uma conferência de imprensa sobre o assunto.