Aveiro: “Displicência no uso do dinheiro público e visão retrógrada” – PS sobre a obra do Rossio

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“A obra do Rossio é um ato danoso de gestão pública do executivo PSD/CDS”, reafirma a concelhia do PS de Aveiro.

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O PS de Aveiro retoma as críticas à obra que resultou no renovado jardim-praça do Rossio a poucos dias da zona intervencionada ser reaberta à circulação automóvel e da entrada em funcionamento da cave de estacionamento.

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“Ter a capacidade de pagar obra feita está longe de ser sinónimo de boa gestão e, no caso do Rossio, acumulam-se a displicência no uso do dinheiro público, uma visão retrógrada na forma de pensar o futuro da cidade e, ainda, a legitimidade duvidosa que presidiu à sua concretização”, acusam os socialistas em comunicado.

Os 20,5 milhões de euros poderiam dar para comprar 40 autocarros elétricos, o número de viaturas da frota da Transdev em 2020, lembra o PS. Dando outro exemplo, com o valor gasto no Rossio pagar-se-iam, a preço atuais, mais de 10 anos da exploração dos transportes coletivos da AveiroBus.

Além de “(más) opções políticas”, surgiram mais 3 milhões de euros em obras complementares “justificadas com o encurtamento do prazo de execução, com um centro arqueológico de uma capela sem nenhum interesse histórico”, que se tornará num “incómodo em termos de salubridade pública”, além de “relvados apressados para a festa de fim de ano”.

Sobre a alegada “legitimidade da Câmara para fazer a obra do Rossio”, atendendo ao resultado eleitoral ocorrido em 2021, “pesa a ideia” que a Câmara “não foi penalizada por ter decidido fazer por 12,4 milhões de euros aquilo que tinha prometido não fazer se o custo fosse superior a 6,5 milhões de euros” e o assunto foi escrutinado na campanha eleitoral. Mas para o PS, se “o desdito já era grave”, o valor a que chegou a fatura final “é um aberrante sinal do enviesamento da prática política, porque se agudizou o sentido de desperdício e de perda de oportunidade para todos aqueles que, independentemente da cor política, expressaram posições de dúvida, de discordância e de resistência”.

Para os socialistas, o Rossio “é uma marca indelével de retrocesso urbano, bastando para tanto recordar que o Plano Estratégico de 1997 considerava como Eixo Verde-Urbano estruturante todo o território entre a antiga Lota e a Fábrica Campos, ao longo dos canais urbanos”. E “é muito pouco” o que a obra “tem para se apresentar: um bar, um parque infantil, uns tubos e uns sanitários e iluminação pública e, claro, os carros no seu lugar e passeios, um parque de estacionamento ventilado naturalmente, um estacionamento que também é salão, e uma praça com mais 20% de árvores (de futuro longínquo e incerto)”.

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