Aveiro: Deputado do PS queria manter no PDM terrenos para hospital novo, presidente pede “todos juntos” pela ampliação

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Trabalhos de remoção de amianto, hospital de Aveiro.
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O presidente da Câmara de Aveiro alertou para as consequências nefastas de divisões em torno do projeto de ampliação do Hospital de Aveiro, que prevê a instalação de um centro académico clínico.

Aviso deixado na Assembleia Municipal, esta terça-feira à noite, depois do deputado do PS Simões Oliveira se ter insurgido contra a exclusão no novo Plano Diretor Municipal (PDM) de uma área na freguesia de Oliveirinha que estava, há vários anos, guardada para construção de um novo hospital.

No entender do eleito socialista, “importava manter a reserva territorial” que esteve prevista, “agora otimizada pela presença da A25 e A17”, uma vez que a localização da unidade hospitalar está “destituída de acessibilidades expeditas”, o que entende ser uma “circunstância lesiva” da população que abrange.

Ribau Esteves viu nesta tomada de posição reticências ao projeto de ampliação em que o município está empenhado, pedindo ao deputado que esclarecesse se “afinal o PS é contra” ou era a sua opinião.

“O que temos visto é que o PS é a favor, o líder da bancada é administrador do Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV). Agora veio dizer que o PS é contra. Decidam-se”, pediu.

Para o autarca, “a vida dupla pode dar muito jeito para a demagogia, para arranjar votos, mas para a gestão da coisa pública e interesse dos cidadãos não interessa”.

“Esperar mais 25 anos para um novo ? Por que não conseguimos em 25 anos ? Vamos continuar a ver a definhar o hospital, com deslocações para Coimbra. Tenhamos juízo, este processo de ampliação, de capacitação, é fundamental e importa que corra bem, todos estamos a lutar, a Câmara,a Universidade, o CHBV, o gestor de fundos europeus e o Governo, para cumprir em 4 anos. Se é contra este o objetivo e o PS também quer ir para outro, garanto que nem em 25 anos”, acrescentou Ribau Esteves, destacando, especialmente, a presidente do CHBV, que “está a trabalhar duro” na ampliação.

“Façamos um acordo, vamos lutar todos juntos por este. Qualquer dia nem consultas de mudar os pensos o hospital dá, ainda por cima há interesses muito claros, abram os olhos. Quando algo, uma pequena questão que seja, corre mal, há muita gente que não gosta dele e o quer fechar, gente da medicina, da gestão pública, que têm elefantes e precisam de os alimentar”, alertou o presidente da Câmara.

A ampliação, referiu, “está muito bem encaminhada, mas não está ganha”. Uma prioridade que, ressalvou Ribau Esteves, não deve impedir de “trabalhar para um hospital novo, para ter daqui a 25, 30 anos”.

“Decidam-se, não pode ser assim, caso contrário é a nossa credibilidade que está em causa”, avisou novamente dirigindo-se à bancada do PS.

O socialista Pedro Pires da Rosa saiu em ‘socorro’ do seu camarada, lembrando que se tratava de “uma opinião pessoal”, que interpretou como a defesa da necessidade de manter a reserva do espaço previsto e, simultaneamente, pensar nos próximos ano, “o que não põe em causa a ampliação, de que o PS é a favor”, acusando o edil “de tentar fazer política” com a posição assumida.

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