A construção do ecocentro municipal foi adiada por força de trabalhos não previstos na preparação do terreno.
À última da hora, o empreiteiro a quem a obra está adjudicada encontrou no subsolo um depósito de lixo que teve de ser retirado.
O ecocentro vai ficar localizado junto do antigo aterro municipal, hoje encerrado, no lugar da Taboeira, na mesma zona onde chegou a começar a ser construído um canil intermunicipal, depois suspenso.
As instalações de apoio do aterro foram, entretanto, reconvertidas para acolher os Serviços Urbanos da Câmara Municipal de Aveiro (armazéns gerais).
“Temos aqui uma das situações mais inacreditáveis que já vimos e está a custar-nos um dinheirão”, referiu o presidente da Câmara na última reunião do executivo ao dar conta da suspensão dos trabalhos.
O “mega depósito de lixo”, que estava enterrado a curta distância do antigo aterro sanitário, era desconhecido dos serviços camarários (não estava documentado como tal, nem se sabe se tem relação com a atividade da lixeira controlada que funcionou durante vários anos na zona).
Inicialmente, os cálculos dos técnicos apontavam para cerca de 1600 toneladas de lixo, no entanto, já foram retiradas seis mil toneladas do local para a Unidade de Tratamento Mecânico Biológico de Eirol, estimando-se um encargo com a prestação de serviços a cobrar pela ERSUC “bem acima dos 100 mil euros”, segundo adiantou Ribau Esteves.
“É uma factura muito grande, mas em termos de custos ambientais teremos de corrigir esta situação que hoje não está bem”, justificou.
A Câmara adjudicou o ecocentro municipal por cerca de 553.500 euros.
Servirá para receber contentores de grandes dimensões, destinados a acolher, separadamente, materiais diversos, que serão posteriormente encaminhados para empresas de valorização e tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU), bem como a atividades de sensibilização para boas práticas ambientais.
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