António Aguiar, eleito pelo PS, apresentou a demissão da presidência da Junta de Freguesia de S. Jacinto, devendo ser acompanhado por todos os elementos eleitos pela coligação Viva Aveiro (PS-PAN).
A demissão em bloco, confirmada por fonte do PS concelhio de Aveiro, implicará a marcação de eleições intercalares para os orgãos autárquicos da freguesia, a única de presidência socialista.
A coligação Viva Aveiro tem em S. Jacinto dois dos três eleitos do executivo e encontra-se em minoria na Assembleia de Freguesia.
António Aguiar demite-se a braços com acusações de má gestão e não revelar informações importantes sobre a situação financeira da Junta, nomeadamente no que toca a dívidas. Alguma das razões que levaram o presidente da Câmara a decidir manter a freguesia à margem das delegações de competências e das respetivas receitas atribuídas às Juntas.
Secretário apresentou a demissão na sequência da Assembleia Municipal
Já esta manhã, a Aliança com Aveiro (AcA), num comunicado assinado por Ribau Esteves, presidente da Câmara, dava conta da demissão de Arlindo Tavares do cargo de secretário do executivo da Junta de Freguesia de São Jacinto, para o qual foi eleito em Assembleia de Freguesia num entendimento com o PS.
A decisão decorre “do acumular de situações e do decorrer dos últimos acontecimentos” que motivaram a rescisão unilateral do protocolo de gestão do parque de campismo municipal entregue até agora à Junta de Freguesia, aprovada na Assembleia Municipal realizada esta sexta-feira à noite.
S. Jacinto: Presidente da Câmara vai denunciar “indícios fortes demais” de gestão danosa
Arlindo Tavares, que foi cabeça-de-lista da AcA na freguesia, comunicou a demissão por por email enviado aos presidentes da Junta e da Assembleia de Freguesia de São Jacinto.
Ao integrar o executivo da Junta de Freguesia de São Jacinto num acordo com o PS, a coligação de direita pretendia “zelar pelo funcionamento rigoroso” da autarquia e “pressionar o seu presidente a apresentar as Contas de 2020”, assim como “exigir uma gestão rigorosa e séria”.
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“Volvidos oito meses”, Arlindo Tavares refere na sua carta de demissão que “não estão reunidas as condições” para a continuidade no cargo que ocupa “por falta de confiança no presidente da Junta, que ocultou informação de dívidas e penhoras”.
“Não sou conivente com este tipo de situações e comportamentos. O rumo que a Junta de Freguesia está a tomar é incorreto e errado, e apenas piora a grave crise financeira onde se encontra e se encontrava no final do mandato 2017/2021. Uma gestão despesista e sem controlo, leva cada vez mais a um endividamento crescente, que neste momento hipoteca o futuro próximo da nossa Junta de Freguesia”, refere o até agora secretário que reassume o lugar de eleito na Assembleia de Freguesia
A AcA reafirma a determinação em “não pactuar, jamais, com a continuação da má gestão do PS e do seu Presidente António Aguiar”, razão pelo qual abandona o cargo no executivo da freguesia”, prosseguindo o trabalho com os seus três eleitos na Assembleia de Freguesia para “defender o rigor, a seriedade, a transparência e a qualidade da gestão autárquica e do bom serviço aos cidadãos de São Jacinto”.
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