O canil intermunicipal projetado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Aveiro (CIRA) “até não é necessário, se aplicarmos a lei”.
Rui Alvarenga, eleito do Partido das Pessoas, dos Animais e da Natureza (PAN) na Assembleia Municipal de Aveiro não se mostrou surpreendido com os obstáculos enfrentados pelo projeto, que terá de ser levado, pela segunda vez, a concurso público.
“Disse que não íamos fazer [o canil], seria extremamente difícil”, lembrou o deputado ao abordar o assunto no período de análise à atividade camarária dos últimos meses.
Rui Alvarenga apontou o dedo a “municípios preguiçosos” que alegam falta de recursos “para tirar os animais da rua para esterilizar” e “preferem não abdicar de festas” . Elogiou outros “que estão a fazê-lo com muito pouco recursos”.
O deputado do PAN chamou a atenção os municípios envolvidos no projeto da CIRA “têm os seus problemas distintos”.
Além disso, insistiu, com a aplicação da lei “quase de certeza que não seria necessário” o projeto em curso. “Teríamos uma evolução significativa em três anos”, perspetivou.
Ribau Esteves adiantou que no início desta semana seguiu para concurso público, com mais 10% no valor base, atingindo cerca de 3, 2 milhões de euros, “para aumentar a atratividade” junto do mercado numa fase “complexa” devido à escassez de resposta de empreiteiros “mesmo de obras pequenas”.
O edil assumiu “a discordância” com o PAN em torno do modelo, mantendo a perspetiva que um projeto de gestão intermunicipal dos três polos (Aveiro, Ovar e Águeda) “ser o mais adequado, com mais qualidade”, além de “sustentável e solidário” com concelhos que não têm possibilidade de ter uma estrutura adequada.
Discurso direto
“Os países nórdicos, que já solucionaram este problema, e sem recorrer a projetos de dois milhões de euros, mas com um plano estratégico que inclui a implementação simultânea de várias medidas” – Rui Alvarenga (PAN).
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