Aveiro contraria aumento das insolvências no País

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Zona Industrial de Vagos.

Aveiro não surge entre os distritos do país mais afetados por insolvências nos primeiros 10 meses do ano, pelo contrário até regista uma diminuição face ao ano anterior. Mas é dos que regista maior redução de criação de empresas

Um ranking elaborado pela Iberinform, filial da Crédito y Caución, empresa de soluções de gestão de clientes para as áreas financeiras, de marketing e internacional.

A nível nacional, as insolência aumentaram 5,7 % relativamente ao mesmo período do ano passado. São “reflexos da situação epidemiológica atual” que “sentem-se mais acentuadamente na criação de novas empresas”, onde se regista uma redução de 22,4% face a 2019.

O valor acumulado de insolvência é, contudo, inferior ao verificado no mesmo período de 2018 (-15,9%) e 2017 (-11,4%).

O mês de outubro encerrou com menos 72 insolvências que em 2019 (-11,4%), menos 153 que em 2018 (-21,5%) e menos 91 que em 2017 (-14%).

“As medidas de apoio às empresas e ao emprego lançadas pelo Governo podem estar a mitigar o real impacto da situação de pandemia na atividade das empresas nacionais, impedindo, até ao momento, um aumento mais acentuado das insolvências”, refere o relatório.

» Os distritos de Lisboa e Porto apresentam os valores de insolvências mais elevados, com 881 e 1.108 insolvências respetivamente. Face a 2019, verifica-se um aumento de 7,8% em Lisboa e de 11,2% no Porto. Os distritos com maiores aumentos são: Castelo Branco (41,3%), Vila Real (31,4%), Faro (30,9%), Angra do Heroísmo (26,7%), Viana do Castelo (20,6%), Madeira (14%) e Évora (11,4%).

» Os dados de insolvência decrescem face a 2019 em oito distritos: Guarda (-26,3%), Coimbra (-24,2%), Horta (-16,7%), Portalegre (-15,4%), Aveiro (-8,3%), Ponta Delgada (-6,3%), Beja (-3,6%) e Viseu (-1,1%).

» Por setores, os aumentos nas insolvências registam-se nas áreas de Telecomunicações (60%), Hotelaria e Restauração (23,4%), Outros Serviços (13,1%), Transportes (8,6%), Agricultura, Caça e Pesca (7%) e Comércio de Veículos (5,8%). O setor da Construção e Obras Públicas e a Indústria Extrativa mantêm um crescimento nulo face a 2019, enquanto o setor da Eletricidade, Gás, Água apresenta uma redução de 18,2% face a 2019.

Queda de 25,7% no país nas constituições de empresas face a 2019 / Aveiro com redução de 28,9%

A constituição de novas empresas nos primeiros dez meses de 2020 sofreu uma queda de 25,7% face ao mesmo período de 2019. Foram constituídas 31.440 novas empresas nos primeiros dez meses, menos 10.858 que no ano passado. No mês outubro surgiram 3.273 empresas novas, contra 4.219 em 2019 (-22,4%).

» Embora com valores muito inferiores aos do ano passado, Lisboa e Porto mantêm-se como os distritos onde surgiram mais empresas novas: 9.873 em Lisboa (-30,4%) e 5.599 no Porto (-27,4%). Reduções significativas nas constituições verificam-se também em: Ponta Delgada (-34%), Setúbal (-32,3%), Angra do Heroísmo (-31,3%), Aveiro (-28,9%), Madeira (-27,3%), Faro (-27,9%), Viana do Castelo (-24,9%), Leiria (-22,5%), Horta (-20,6%), Coimbra (-20,4%), Braga (-18,6%), Santarém (-16,2%), Vila Real (-15%), Guarda (-13,4%), Viseu (-11,6%) e Évora (-11,5%). Apenas o distrito de Portalegre apresenta uma variação positiva de 3,1% face a 2019.

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