“Estamos com uma conjugação de fatores que nos colocam problemas delicados, alguns serão resolvidos nos próximos dias dias, outros precisam de mais algumas semanas”. O presidente da Câmara de Aveiro assumiu na Assembleia Municipal realizada esta quarta-feira, na Casa de Música, em Aradas, dificuldades nos transportes fluviais para São Jacinto, mais concretamente avarias que estão a afetar o funcionamento do ferry elétrico, por estes dias dependente de gerador a gasóleo.
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O alerta foi feito por António Nabais, deputado do PCP, ao intervir no período dedicado a analisar os últimos meses da gestão camarária. Morador em São Jacinto, o eleito comunista falou mesmo em “caos” devido à conjugação de problemas nos transportes terrestres operados pela Aveiro Bus e Busway (incumprimento de horários ou mesmo de carreiras) e paragens forçadas do ferry (afetado por avarias dos carregadores), com o autocarro alternativo a ser insuficiente e desadequado às necessidades. António Nabais voltou a criticar que não sejam utilizadas, em alternativa ao ferry, as duas lanchas que podiam ser usadas no transporte fluvial.
Sobre o ferry, Ribau Esteves confirmou que o carregador do lado de São Jacinto foi “vítima do temporal”, encontrando-se “inoperacional”. Neste momento, a Câmara está “numa discussão muito complicada com o fabricante” do sistema de carregamento, norueguês. “Não aceitamos que é preciso um novo, são discussões das garantias”, aspetos técnicos e jurídicos que “não são fáceis” e tornam as “negociações muito difíceis”.
Já do lado do forte da Barra, o problema foi que o transformador do PT “ficou inoperacional”, tendo de ser substituído. Aqui também “há também uma discussão sobre quem vai pagar”. O problema que surgiu veio dar força à queixa camarária devido a “oscilações de tensão”.
“Uma concentração anormal de problemas” lamentou Ribau Esteves que obrigam o ferry a andar com o gerador a gasóleo, que também teve uma avaria, forçando uma paragem de “algumas horas” na próxima quinta feira. A prioridade é garantir um dos carregadores ativo, o suficiente para o ferry voltar a estar ativo no modo elétrico.
Entretanto, o edil adiantou que está “quase pronta” a intervenção na lancha Transria “para voltar a navegar”, o que poderá acontecer na próxima semana. Já a “Dunas de São Jacinto”, continua impedida de operar “por questões de capacidade do cais”.
A Câmara prepara um contrato para fazer duas “operações grandes de manutenção” da ponte cais durante dois anos. E como está previsto no orçamento de 2025, trabalha para “lançar proximamente o concurso conceção, construção e instalação de duas novas pontes cais, para daqui a dois anos”.
Quanto aos problemas relatados no serviço de autocarros envolvendo os serviços da Aveiro Bus e da Busway, o autarca afirmou que tem “bem noção disso”, mas esclareceu que “são muito poucos casos”, pelo que mantém “a pressão e acompanhamento junto dos operadores.
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Ouviram-se na Assembleia Municipal também reparos para as filas de passageiros a aguardar autocarro na estação da CP, transportes sobrelotados e ligações afetadas pelo corte de ruas em obras. O presidente da Câmara reafirmou que está a ser negociado um reforço de serviços de transporte a cargo da Aveiro Bus (declarações abaixo).
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