Aveiro: CEC ‘alavanca’ investimentos em programação e dá vida cultural a edificado

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Imagem do Facebook da CM de Aveiro.
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A seleção de Aveiro para integrar a shortlist de cidades finalistas de onde sairá a Capital Europeia da Cultura (CEC) de 2027, a par de Ponta Delgada, Braga e Évora, “é apenas um projeto e um desafio a que damos muita importância e no qual investimos muito dinheiro, mas não é o início nem o fim de nada”, repisou o presidente da edilidade aveirense na abertura de uma sessão realizada no Teatro Aveirense, esta terça-feira ao final da tarde, para a apresentação da candidatura local, que continuará em desenvolvimento com a mesma meta dos primeiros passos: “A aposta é sermos capital em 2027”, reafirmou Ribau Esteves, dando conta de investimentos de 66,6 milhões de euros no espaço público e edificado para cultura e 50 milhões para programação.

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“Ganhámos o direito de continuar a trabalhar e com muito gosto acompanhados das outras cidades. Com cuidado, profundo envolvimento de mais gente, a fazer bem e a crescer com este projeto, empenhados e dedicados”, reforçou o edil.

A proposta, tecnicamente chamada ‘bid book’, que conhecerá uma segunda versão na derradeira avaliação, dentro de nove meses, assume como “objetivo e compromisso” executar 8,8 milhões de euros do orçamento municipal de 2028, a seguir ao evento, na área da cultura (12% do total). Se em 2017 foram 3,1 milhões de euros (3,2 do orçamento), no ano passado Aveiro gastou 4,6 milhões de euros (6,6%). A programação cultural prevê, segundo adiantou o autarca, um investimento total de 50 milhões de euros, dos quais 21,2 milhões para período de preparação (2023 a 2026) e 18 milhões para o ano de 2027. A proposta vencedora, ao que está previsto, poderá receber um apoio público de 25 milhões de euros.

Uma “outra dimensão” da candidatura prevê um “conjunto de investimentos em infraestruturas culturais” a executar “no quadro da conquista fundos” de programas disponíveis para “operações de qualificação urbana e do espaço público”, com um “segundo” PEDUCA (Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano da Cidade de Aveiro), também para abranger restauro do edificado com fins culturais.

Estão identificados nove projetos, sete dos quais para “dar vida nova a velhos edifícios”, um edifício de raiz e a qualificação de espaço público, com uma estimativa de investimento de 66 milhões de euros.

» Fábrica de Inteligência Artística (a ocupar em parte do edifício da Fábrica Ciência Viva, 8 milhões de euros);
» Academia de Desafios Criativos Culturais (antigo colégio Alberto Souto, 4 milhões de euros);
» Lugares de Laboratórios Vivos (antiga lota, 7,5 milhões de euros);
» Clubes de Cultura (edifícios nas freguesias, 3 milhões de euros);
» Museu da Bienal Artística Cerâmica (ex biblioteca municipal, 3 milhões de euros);
» Renovação do Centro Cultural e de Congressos (6,5 milhões de euros);
» Museu da Terra / Quinta da Costa, em Requeixo;
» Pavilhão multiusos / arena (parque de feiras.

Discurso direto

“Ser Capital Europeia de Cultura é um contributo de grande importância para concretizarmos os nossos projetos, mas com o compromisso de usar a cultura como trave mestra, de continuarmos a ser bons conquistadores de fundos para concretizamos todos ou a esmagadora maioria dos objetivos na infraestruturas, sendo que na programação prosseguiremos o crescimento. A Capital vai permitir mais do que um ano fantástico de 2027, iremos crescer até lá e fixar um patamar mais alto de criatividade, produção cultural e marketing territorial” – Ribau Esteves.

Vídeo com a transmissão da apresentação da candidatura que incluiu ainda intervenções de Carlos Martins (coordenador estratégico) e José Pina (diretor).

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