Aveiro: Carta Educativa aprovada com voto contra do PS não mexe nos agrupamentos

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Executivo da Câmara de Aveiro.
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O presidente da Câmara de Aveiro não deu razão às críticas do PS que motivaram o voto contra na aprovação da nova Carta Educativa, antes de seguir para a Assembleia Municipal.

Ao intervir na reunião extraordinária pública, esta manhã, Ribau Esteves destacou o parecer “muito positivo” dado, “após extraordinário empenho e muita discussão útil”, pelo conselho municipal de educação, que contou com duas abstenções.

Uma do representante da tutela, devido a essa condição, e outra da diretora do agrupamento de escolas de Eixo. Neste caso, o edil registou “uma evolução positiva na posição inicial”. As divergências em relação ao futuro escolar na freguesia ficaram clarificadas.”Queremos a escola e temos planeamento de obras, com uma nova dentro da EB2,3 e não a qualificação da que existe”, explicou.

Memorando sobre a Carta Educativa de Aveiro.

Manuel Oliveira de Sousa, vereador do PS, manteve a discordância com a proposta de reorganização dos agrupamentos “desenhada”, de sete para quatro.

“Em relação ao conteúdo” da CE, notou não contemplar “uma matéria determinante”, o plano estratégico educativo, que é preciso “conjugar para melhor ponderação”.

Nos “objetivos”, referiu-se à ausência de medidas para “áreas substanciais” como a redução do abandono escolar precoce e promoção do sucesso educativo: “Só vemos que vai apoiar o que existe, o que as escolas definem e seja proposto pelas mesmas”.

Notou também que nas atividades educativas complementares e desporto escolar “não surgem referências concretas” no que vai ser a envolvência de pessoal não docente, “com contributo determinante” ou a participação dos pais “como parceiros educativos, o que não vemos vertido”.

Manuel Oliveira de Sousa apontou ainda a “falta de articulação” na parte cultural, gestão ambiental ou estabelecimento de parcerias, empresariais no plano da formação e integração profissional,

O eleito do PS assumiu a posição contrária às agregações com criação de mega agrupamentos, “na linha da coesão e desenvolvimento local”.

A proposta tem de ir a homologação do Ministério da Educação enquanto segue a elaboração do plano estratégico educativo de Aveiro.

Discurso direto

“Não disse nada e não tem nada para dizer. Como quer votar contra, arranja conversa sem objetividade nada. Cultura, pais, gestão ? Tudo tem o seu lugar, a CE não é para colocar tudo aqui.
O documento foi trabalhado durante dois anos, com total abertura, reuniões do conselho municipal de educação. Uma proposta consensualizada, é um exemplo. O PS isola-se para prepara o voto negativo e ficar com capital de queixa.
No redesenho dos agrupamentos, essa matéria não faz parte da CE. Discutimos, agora seguirá o seu caminho com o novo Governo, não tem a ver com a CE. Conseguimos uma ambiência muito boa sobre isso. A opinião do grupo de forma clara é que o melhor é ter quatro do que sete agrupamentos. A decisão é do Ministério da Educação.
Ao PS não dá jeito fazer elogios e votar a favor” – Ribau Esteves, presidente da Câmara.

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