A Câmara de Aveiro aprovou na sua reunião pública, esta quinta-feira, o lançamento de um concurso público de carácter urgente e simplificado com preço base de 1,3 milhões de euros para adquirir as componentes relativas ao sistema de carregamento a instalar em cada margem da ria para servir o ferry elétrico, já em construção.
Segundo informação prestada pelo presidente do executivo, a estimativa de custo final do navio passou a ser de 8,5 milhões de euros, mantendo-se a garantia de financiamento comunitário de 2,6 milhões de euros, condicionado ao cumprimento dos prazos de vigência do respetivo programa.
Após estudos técnicos orçados em 130 mil euros, concluiu-se pela seleção de um sistema de carregamento considerado mais adequado, que é desenvolvido por uma empresa norueguesa. O aumento do preço inicial, que era de meio milhão de euros, deve-se à possibilidade de recarga das baterias do ferry em cada margem e não apenas num dos cais de atracação, como previsto.
Ribau Esteves perspetivou que o ferry possa ficar em condições em ‘testes de mar’ no início da primavera do novo ano e a entrada em operação plena no Verão.
Para o vereador Manuel Oliveira de Sousa (PS), “o importante é que o ferry esteja a navegar”. Ainda assim, o também eleito socialista Fernando Nogueira viu no aumento dos encargos por força das condições para operar a confirmação de aspetos relacionados com o custo / benefício que, no seu entendimento, aquando do debate inicial, não estavam clarificados.
Sobre o investimento, o edil lembrou que a estimativa na fase de arranque, do total de projeto, construção e sistema de carregamento, era de 7,7 milhões de euros, com financiamento em 2,6 milhões de euros.
“Hoje temos uma fatura total que vai andar 8,5 milhões de euros, essencialmente por força do aumento de custo do sistema de carregamento. Vamos ficar por aqui ? A ver vamos. Temos a vantagem que o construtor comprou aço todo antes desta crise”, explicou, mantendo que o encargo assumido para substituir o atual ferry continua a ser válido. Um novo, a motor de combustão, poderia custar 5,5 milhões de euros. “Este vai custar 3 milhões mais, justifica-se pelo contributo ambiental e de marketing, é um atrativo pela sua excecionalidade e beleza”, lembrou.
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