“O Plano de Pormenor do Cais do Paraíso que estamos a desenvolver não quer nada a ver com o Plano de Urbanização (PU) do Programa Polis Aveiro”. Esclarecimento prestado na última Assembleia Municipal, esta terça-feira, pelo presidente da Câmara em também se falou sobre as obras na zona do Rossio.
António Nabais, do PCP, foi quem questionou se havia relação entre “o que está pensado” no Plano de Pormenor para o Cais do Paraíso e o projetado pelo Programa Polis. O eleito deixou, também, reparos críticos para o “prolongamento indefinido” das obras na zona do Rossio, com “falta de segurança, engarrafamentos humanos e dificuldades no trânsito” durante os meses de verão. Sobre o mesmo assunto, o vogal do Chega, Gabriel Bernardo, fez eco de “muitas queixas de moradores e comerciantes”, considerando que tal poderia ter sido acautelado com “outra gestão da obra no pico do Verão”.
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“O Plano de Urbanização foi um nado morto, um excesso. Por muito interessante que fosse, a vida é que tem sempre razão, um plano fantástico, arquitetos fantásticos, Câmara fantástica, mas não aconteceu nada, pronto”, referiu Ribau Esteves.
Aprovado em 2004, o PU da Polis, como ficou conhecido, abrangia uma zona desde a antiga lota, até ao Tirtif, passando pela entrada da cidade, terrenos do Alboi (antigo pavilhão desportivo), da antiga fábrica Bóia & Irmão até ao canal de São Roque.
A recuperação dos muros dos canais da Ria precederam outras ações de qualificação que não avançaram nos termos propostos. “Ainda agora vamos ter de gastar aí 3 milhões de euros a qualificar o muro, que foi um das obras bem feitas, mas que está hoje incapaz de sustentar as águas que inundam os terrenos da lota antiga, que queremos ter como nossos”, adiantou Ribau Esteves.
“Na maré viva alta de final de agosto, temos fotografias disso, o lado do Cais do Sal tinha água bem longe, mas do lado direito estava tudo inundando. Vamos ter de capacitar, elevar a cota daquele muro, que foi uma boa obra na altura, mas sem visão de futuro, como era tão normal naquele altura. Nada do PU Polis é assumido para o nosso PP do Cais do Paraíso”, afirmou ainda o edil.
Quanto às obras do Rossio, Ribau Esteves mostrou-se muito satisfeito com execução da obra. “Temos um excelente empreiteiro, de grande qualidade e competência. Esta obra feita por empreiteiro de mediana competência seria um inferno para durar para aí uma década. Lembram-se dos traumas trazidos cá por alguns da célebre obra que demorou 5 ou 6 anos do parque do Marquês ? Vejam o quão diferente é a do Rossio”, enfatizou.
O autarca minimizou o impacto durante a época alta de visitantes, apesar de alguns constrangimentos causados “eventualmente pelo vento excessivo ou um ou outro ato de vandalismo”. Houve “uma boa gestão” das obras em curso acautelando a atividade turística. “Correu globalmente muito bem, a obra vai acabar antes do final do ano. Em breve, vamos apresentar números das visitas de turistas, temos três portas abertas na Rua João Mendonça. Proximamente, realizaremos a última visita à obra antes da conclusão”, adiantou.
Discurso direto
“Houve comerciantes que me disseram que foi o melhor período que podíamos ter escolhido” – Ribau Esteves, presidente da CMA (declarações em vídeo).
“O Rossio fica com um espaço público de grandíssima qualidade” – Ribau Esteves, presidente da CMA (declarações em vídeo).
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