Aveiro: Câmara está “a conversar” com promotores do Avenida Café-Concerto

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Avenida Café-Concerto, Aveiro.

A petição online a “solicitar ajuda urgente da Câmara Municipal de Aveiro” para manter o Avenida Café-Concerto foi levada à última Assembleia Municipal (AM) por Sara Tavares (PS).  Ribau Esteves disse que o abaixo assinado é prejudicial para os promotores da sala de espetáculos e não ajuda a candidatura a Capital Europeia da Cultura, chamando “a atenção para o senhor” que assina como primeiro subscritor.

Após quatro anos de atividade, a casa de espetáculos e artes que era dinamizada por uma empresa local vai desocupar o que resta do auditório do antigo cinema Avenida, tendo data de encerramento agendada para esta sexta-feira.

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Sara Tavares, vogal eleita pelo PS, aproveitou o período destinado a analisar a gestão camarária na AM para lembrar que o espaço “oferecia bastantes opções” artísticas e questionou o presidente da edilidade se tinha conhecimento da petição lançada por frequentadores do estabelecimento em que se pede “alguma solução” para manter a atividade desenvolvida. Um apelo já com mais de 1200 subscritores.

A deputada sugeriu à Câmara ouvir os promotores e procurar “perceber” se é possível “enquadrar” a continuidade do Avenida Café-Concerto no âmbito da candidatura a Capital Europeia da Cultura (CEC), assim como tentar negociar com os proprietários do antigo cine Avenida, fazendo “prevalecer a história do local”. Caso contrário, Sara Tavares defendeu apoio para encontrar local alternativo.

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Na resposta, Ribau Esteves voltou a lembrar que o fecho anunciado é resultado da relação entre os privados em causa, adiantando que há contactos com a empresa promotora do Avenida Café-Concerto (“Estamos a trabalhar com as pessoas”), mas sem avançar com mais pormenores.

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O edil criticou a petição por, no seu entendimento, “ser um ato negativo”, desde logo para futuro do Avenida Café-Concerto, mas também por poder vir a causar problemas na candidatura de Aveiro a Capital Europeia da Cultura. Ribau Esteves chamou “a atenção” para o primeiro subscritor do abaixo assinado, Alan Carmo, que “é professor na Universidade de Coimbra”  (ver abaixo declarações completas na Assembleia Municipal).

Alan Carmo, cidadão brasileiro, docente no ensino superior e investigador, lamentou as dúvidas lançadas em relação ao seu empenho na petição, esclarecendo que está em Aveiro há cinco anos. “Por ser residente, usuário e apoiante da cultura local, e querer valorizá-la, junto com mais alguns amigos, decidimos nos posicionar em pedido à Câmara alguma ação que pudesse ajudar a proteger o espaço”, explicou (ler artigo relacionado).

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