O concurso público para a requalificação da Avenida Lourenço Peixinho, Aveiro, aponta para um preço base de 4,6 milhões de euros, o dobro do custo inicial, prevendo-se um prazo de execução de 16 meses.
“Queremos que seja um sítio mais especial e mais nobre, renovada na ligação ao edifício restaurado da estação”, afirmou o presidente da Câmara, esta tarde, na reunião pública do executivo, ao apresentar a proposta de deliberação.
O projeto introduz rotundas em cruzamentos da principal artéria citadina, reduzindo a um metro o separador central para dar “ganhos” na largura dos passeios laterais. A velocidade de circulação será limitada a 30 quilómetros.
Está prevista a rearborização total, com mais 60 exemplares, mantendo-se uma zona pedonal em forma de ‘praça de eventos’ entre a antiga Capitania e o edifício do Banco de Portugal, que acolherá a nova localização do monumento do ‘Soldado desconhecido’.
O PS, através do vereador Manuel Oliveira de Sousa, começou por criticar a ausência de discussão para “aprofundar o projeto” na base do concurso público, bem como não prever propostas que “eram consensuais” no estudo prévio elaborado, no tempo dos mandatos sob presidência de Élio Maia, por Jorge Carvalho, especialista da Universidade de Aveiro.
Na opinião do eleito socialista, também “ficaram por dar respostas” ao que se pretende para a avenida em termos de habitação, comércio, estacionamento e ruas adjacentes.
Apesar do projeto contemplar intervenções necessárias, Manuel Oliveira de Sousa considerou a proposta excessiva em certos aspetos, como ao “praticamente anular” a placa central, que era o que distinguia a artéria, entre outras “memórias” que podem desaparecer. “No centenário, a avenida é destruída”, lamentou.
O concurso público foi aprovado por maioria com os votos contra do PS.
Comunicado da Câmara de Aveiro sobre o concurso público para a Avenida Lourenço Peixinho
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(em atualização)