O presidente da Câmara de Aveiro anunciou esta quinta-feira à tarde, na reunião pública do executivo, que a autarquia já manifestou junto do Porto de Aveiro a pretensão de adquirir a antiga lota e vai renovar a abordagem, concretizando com valores, em próxima audiência já agendada com o ministro da tutela.
“Quanto a pagar, quero deixar claro que apresentarei uma proposta, com dinheiro, para comprar a parcela” informou Ribau Esteves limitando a dizer que a avaliação mais recente, que tem em conta “a redução substancial” da capacidade construtiva prevista anteriormente no Programa Polis, considerada “excessiva”, aponta para um “um quarto” do preço inicial, sem concretizar qual o montante.
Em 2010, o Porto de Aveiro chegou a colocar a lota à venda por 10,5 milhões de euros, sem que tivesse surgido interessados.
Uma resposta dada após o pedido de esclarecimentos do vereador Oliveira de Sousa (PS) sobre a reação do presidente da Câmara às declarações do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, em visita recente ao Porto de Aveiro, a lembrar que a transferência dos terrenos de “negociações” entre a administração portuária e a autarquia para chegar a um acordo.
“O presidente em setembro de 2018 assumia que parte tinha de ser adquirido. Afinal não há nenhum equivoco com o ministro. Há uma parte que tem de ser negociada com o proprietário e o quadro legal de descentralização pode ajudar a esclarecer. Havia da sua parte alguma insinuação, que não estava tudo tão claro”, referiu o eleito socialista.
Ribau Esteves justificou as dúvidas com alterações ao que estava alinhavado com Ana Paula Vitorino, quando era a ministra do Mar e tutelava os portos.
“Aprovámos uma proposta de candidatar, no quadro da descentralização, a transferência da posse e gestão da antiga lota e da bacia recreio da frente de S. Jacinto. Em junho do ano passado oficiei a ministra do mar. Agora há uma interpretação da lei de forma diferente, temos de aguardar pela conversa, ativar a comissão, fazer reuniões e negociar”, disse.
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