A Câmara de Aveiro decidiu proceder a uma avaliação do estado do enrocamento da nova Rua do Sal, entre a antiga lota e o Centro Municipal de Interpretação Ambiental (CMI), numa extensão de 1 quilómetros, na sequência do “deslizamento” de pedra ocorrido esta semana num troço de 25 metros, junto à marinha da Troncalhada, que levou para o fundo da ria o talude e abriu uma fissura no pavimento, junto ao muro de suporte.
As primeiras conclusões dos técnicos, levam a crer que a situação ocorrida “nada tem a ver com a obra” de renovação do acesso transformado em estrada dique e reforço das margens, explicou o presidente da autarquia na reunião pública realizada esta sexta-feira.
Segundo Ribau Esteves, o enrocamento da velha estrada “basicamente” não foi mexido, tendo-lhe sido colocada apenas uma manta geotêxtil e a “pequena camada de pedras” (mil metros cúbicos) que aluiu “inopinadamente”.
Os técnicos verificaram onde estavam depositadas no fundo do canal, a mais de 10 metros de profundidade, tendo afastado, por isso, riscos para a navegação.
Trata-se de uma zona de incidência das correntes de vazão, que recebe o impacto direto, e, as “explicações prévias”, apontam como causa do deslizamento, “o processo erosivo muito lento” ali ocorrido.
De acordo com Ribau Esteves, avançou-se, entretanto, com a recolocação de 300 metros cúbicos de pedra na zona afectada e uma análise à forma como se irá “consolidar em condições” o talude afectado.
“A rua está excelente, apenas sofreu uma ocorrência que nada tem a ver com a obra, não foi utilizada maquinaria pesada”, ressalvou o edil, mantendo como objetivo ter o acesso “disponível” para assinalar o final da empreitada, este sábado à tarde, coincidindo com a chegada da regata de moliceiros Torreira – Aveiro.
“Estamos a reagir com prontidão e com os meios necessários, a Câmara tem capacidade de reagir em meios técnicos e financeiros, o empreiteiro também”, assegurou Ribau Esteves.
A obra da nova estrada dique irá custar cerca de 2 milhões de euros.
Discurso direto
“O que é que correu mal ? Parece que correu muito mal, pelo que vemos no reforço de algo. O que correu mal no projeto ou na execução, foi a celeridade ? Quem vai suportar os encargos novos ? Há aqui um reforço de muitos recursos para solidificar o que estava e corrigir. É evidente que há aqui um problema que é grave do nosso ponto de vista. Importa saber as consequências para a segurança, se podemos confiar, se toda a rua está toda ele alicerçada para que não tenhamos ali uma surpresa, numa estrutura que está numa zona muito sensível” – Manuel Oliveira de Sousa, vereador do PS.
Rua do Sal abre como acesso pedonal para permitir assistir à regata de moliceiros
“Considerando a importância da iniciativa assim como o ponto de observação privilegiado sobre a Ria de Aveiro que a estrada-dique / Rua do Sal propicia para todos os que pretenderem assistir e registar a chegada da Grande Regata dos Moliceiros”, a Câmara decidiu abrir o espaço da obra durante a tarde de sábado (entre as 15h00 e as 18h00), “apenas à circulação pedonal, voltando a fechar logo que termine a entrega dos prémios” dos participantes na prova.
A obra da qualificação da estrada-dique/Rua do Sal continuará nos próximos dias com a finalização da rede de iluminação pública (tendo já ocorrido dois furtos de aproximadamente 1km de cabo elétrico durante a presente semana), com a finalização da zona de estar mais próxima da ponte da eclusa/Marinha da Troncalhada e com a conclusão dos trabalhos de pintura de muros e execução de pavimentos” (continuar a ler comunicado).
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