O PS voltou a colocar reticências à localização do crematório que a Câmara de Aveiro pretende instalar junto ao cemitério sul.
Durante a discussão da proposta na última Assembleia Municipal o PCP colocou reservas também à gestão privada do equipamento.
“O local não parece adequado, tem algumas delicadezas, é uma zona residencial. O crematório não precisa de uma centralidade absoluta”, afirmou Pedro Pires da Rosa, da bancada socialista, pondo reservas igualmente a concessão do serviço.
A entrega a privados foi o único reparo feito por Nuno Teixeira, eleito do PCP. “A Câmara e a Junta teriam condições para gerir”, disse.
A proposta de conceção, construção e concessão a 30 anos do complexo de crematório e casas mortuárias seguiu para concurso público sem votos contra, com a abstenção de eleitos do PCP, Bloco e do PS em parte.
“Estamos tranquilos, há um consenso geral”, sublinhou Fernando Marques, presidente da União das Freguesias de Glória e Vera-Cruz.
Discurso direto
“Questionam a proximidade às zonas residenciais: não recebi nenhum nota de residentes. Analisámos com profundidade e objetividade a localização nos outros cemitérios. Tem outra vantagem: resolver o passivo urbano que existia ali, Garantimos em absoluto a saúde pública. Isso aconteceria se fosse outra localização. O privado vai ter de pagar uma renda fixa, tem todos os custos e lucros.
Podíamos gerir ? Sim, mas quanto iria custar. Temos de esperar pelo projeto e a obra. Já temos o terreno onde o edifício vai ficar, será um ativo municipal com gestão privada” – Ribau Esteves, presidente da Câmara.
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