Aveiro: Cadeia para dois jovens que assaltavam sob ameaça de navalha

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Guarda Prisional (arquivo).
Natalim3

O Tribunal de Aveiro condenou, esta tarde, a prisão efetiva, dois dos três jovens acusados por cerca de três dezenas de roubos sob ameaça de arma branca na via pública, de que foram vítimas, na grande maioria, estudantes.

A pena mais pesada, de seis anos, recaiu num indivíduo que foi condenado por 14 roubos. Era quem manuseava a navalha e adoptva comportamentos mais violentos, “revelando personalidade mais fria e insensível ao sofrimento alheio.”

Um segundo acusado viu-lhe ser aplicada uma pena de quatro anos e meio, também a cumprir, por 11 roubos e um crime de posse de arma proibida.

Ambos confessaram “uma parte significativa dos factos” ocorridos em novembro do ano passado, até porque houve reconhecimentos por parte das vítimas de roubo de dinheiro e outros bens, como lembrou a juíza presidente ao considerar a acusação provada no generalidade.

Como a lei obriga a determinar indemnizações às vítimas, o acordão fixou montantes que ascendem a 3900 euros, a pagar solidariamente.

O terceiro arguido, condenado por um roubo consumado, ficou com uma pena de nove meses de cadeia substituída pela obrigação de prestar 270 horas de trabalho comunitário.

Os acusados têm idades entre 17 e 19 anos, revelando um percurso de vida desestruturado. Os dois principais encontravam-se já em prisão preventiva, acumulando processos disciplinares na cadeia.

Uma alteração jurídica comunicado antes da leitura do acórdão imputou aos acusados um número maior de crimes, embora em alguns casos sem a agravante inicialmente prevista na qualificação dos roubos.

O tribunal levou em conta a a idade dos arguidos, inferior a 21 anos, que permitiu uma atenuação das molduras penais. Apenas um deles tinha antecedentes criminais.

Em alguns roubos foi exibida uma navalha ou mesmo encostada às vítimas, num caso provocando lesões que implicaram a assistência hospitalar. Outro ofendido foi obrigado a levantar dinheiro de uma caixa ATM.

“Havia claramente uma escalada de violência, sempre que surgisse oportunidade. Os roubos repetiram-se ao longo de um mês, com três episódios no mesmo dia, gerando um grande sentimento de insegurança”, lembrou a juíza presidente.

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