Aveiro: BE pede “salvaguarda” do direito a habitação a custos controlados por parte da autarquia

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Vista aérea de Aveiro.
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O Bloco de Esquerda (BE) de Aveiro considera que o concelho poderá beneficiar das medidas apresentadas pelo partido na Assembleia da República, nomeadamente em sede da proposta de Lei de Bases para a Habitação que está em discussão na especialidade.

“Temos um problema: pessoas com salários médios em Portugal não conseguem ter habitação; temos de dar resposta a isso, garantindo o direito à habitação, por isso defendemos um Serviço Nacional de Habitação com vários apoios”, referiu Nelson Peralta, da concelhia bloquista em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira.

Em Aveiro, o BE vê já situações comuns às principais cidades do pais, onde o preço da habitação estará em grande crescimento, tornando-se impeditivo para vastas camadas da população, e a Câmara estará a agir em sentido contrário.

“Existe muito pouco oferta de arrendamento, o que existe é a preços incomportáveis. A Câmara não tem nenhuma política para a habitação, usa dinheiro para regenerar espaços públicos sem política para o edificado, o que afasta os mais pobres do centro da cidade. Os investidores andam à boleia do investimento público, sem garantir casas a custos controlados e apenas para especulação”, acusou Nelson Peralta.

Para o dirigente local do BE, neste contexto “é o privado que dita a organização da cidade e até eventualmente de alterações ao Plano Diretor Municipal e não de acordo com as necessidades sociais”.

O partido defende “cotas para a atividade económica” ligada ao imobiliário, estranhando a decisão da venda de património e casas, “com apoio do PS, quando o problema é falta de habitação social”.

“Em Aveiro, vende-se património sem nenhuma salvaguarda nos tipos de renda ou utilização pública dos apartamentos. A política camarária está nos antípodas do que deve ser a política de habitação social, ao nível do planeamento do território, para ter acesso a habitação, e encontra-se virada para a especulação e como veículo financeiro. Discordamos disto”, vincou Nelson Peralta.

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