O trabalho da maioria não está a ser devidamente assinalado pela oposição. A crítica ressaltou das intervenções vindas da bancada da coligação PSD-CDS na Assembleia Municipal quando se analisava o balanço dos últimos dois meses de gestão camarária.
Duas autarcas de freguesia sociais democratas deram o mote. Catarina Barreto, de Aradas, deu vários exemplos “do que a oposição não quer falar”. Angela Almeida, de Esgueira, acrescentou: “Nem quiseram estar na inauguração do parque aventura, que tem grande sucesso”, lembrou, pedindo “a constatação de factos” por se estar “a atingir objetivos”.
Filipe Tomás, também do PSD, juntou-se ao coro, concluindo que a ausência de referências ao balanço “demonstra bem a dificuldade de fazer oposição” com o “Aveiro antes e o Aveiro depois” da atual gestão municipal, considerando mesmo que “é muito difícil fazer diferente” perante uma Câmara “super competente em todas as áreas”.
Consultar comunicação da Câmara à Assembleia Municipal
As declarações levaram Francisco Picado, do PS, a desafiar os críticos a verificarem o sentido de voto do partido na Assembleia Municipal ao longo do mandato. Garantiu que o PS “apoiou algumas das propostas da Câmara, evidenciando claramente que a crítica não foi permanentemente desconstrutiva” em relação à gestão atual. “Mas também não nos podem obrigar a concordar”, ressalvou.
Raul Martins aconselha presidente a aceitar “sem azedume criticas e sugestões”
Raul Martins, deputado independente, depois de ter abandonado a militância do PS, voltou a elogiar o desempenho municipal “notoriamente positivo” ao falar em jeito de balanço de mandato, destacando os avanços na recuperação do parque escolar (“muito bem”). Reafirmou o apoio projeto para o jardim do Rossio e só deixou reservas à obra da estrada dique, vendo como um mau indício o deslizamento de uma estenção de 25 metros do talude que obrigou a a encher de novo a zona com pedra.
Deixou, a finalizar, conselhos ao presidente Ribau Esteves para enfrentar melhor “os pequenos egos locais, muitas vezes assentes na maledicência ou populismo fácil para se exibirem” e que tornam “difícil atingir o foco nas tarefas e a atenção que deve ser dada às pessoas, com “dificuldades adicionais a quem gere”.
“Dê menos conversa a quem não a merece, não gaste energia, deixe o acessório, prove a sua razão, combate aqueles que não entendem ou não concordam ou por interesses mesquinhos, dizem que está tudo mal feito, aceite sem azedume criticas e sugestões de quem quem colaborar uma Aveiro melhor”, recomendou.
Vídeo da Assembleia Municipal realizada a 5 de julho de 2021
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