Aveiro: Avenida Lourenço Peixinho com ‘visto’ do TC / Obra é para avançar já

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Projeto para requalificação da Avenida Lourenço Peixinho.
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A Câmara de Aveiro recebeu, na sexta-feira passada, o ‘visto’ do Tribunal de Contas (TC) da empreitada de requalificação da Avenida Lourenço Peixinho, orçada em 3,9 milhões de euros, anunciou esta tarde o presidente da edilidade ao intervir no início da reunião quinzenal do executivo, afastando a proposta de adiamento feita pelo Partido Socialista, bem como por comerciantes e proprietários.

Uma etapa “fundamental para passar à fase de execução” da obra, que tem sido sido preparada com o empreiteiro “há várias semanas” estando a autarquia a “fechar os atos preparatórios” do arranque dos trabalhos, que devem prolongar-se durante 480 dias.

Ribau Esteves garantiu “um planeamento muito cuidado” da empreitada para ter “compatibilidade com o máximo vida” na avenida. Para isso acontecer, foi decidido “manter sempre os circuitos pedonais, junto às duas fachadas”, bem como a circulação rodoviária normal, “com especial cuidado para transportes públicos, que vão continuar nos dois sentidos” ao longo dos cerca de mil metros de extensão.

A execução será feita por troços com “um conjunto de ações de mitigação, marketing de obra e da própria avenida”, de apoio às atividades económicas, “algumas no quadro do Covid, mas também complementares”.

O autarca assegurou que a obra avançará “em diálogo com todos”, mesmo com o “planeamento já avançado”, lembrando que “a maior parte da obra é enterrada”.

PS insiste no adiamento

Manuel Oliveira de Sousa, vereador do PS, manteve os receios já expressos com as consequências da obra nesta fase ainda pandémica, considerando que a Câmara tinha uma “grande oportunidade” para fazer um compasso de espera e ponderar melhor os “pontos do plano de execução referidos”.

Aconselhou, novamente, a maioria a levar em conta “os custos de circunstância” da empreitada, acautelando “o estacionamento e outros circuitos de circulação, assim como apoio a quem vive, para além do comércio”.

Mantendo a discordância de fundo em relação às opções vertidos no projeto, Oliveira de Sousa considerou que seria importante ajudar a avenida a “retomar o tempo perdido com a Covid” e aproveitar “uma fase que pode haver algum turismo” sem obras no terreno e “depois do Natal, em diálogo” iniciar a empreitada.

A posição renovada pelo eleito socialista acaba por refletir apelos que o presidente da Câmara tem recebido de grupos de comerciantes e outros munícipes afectados pelas obras na avenida, a pedir o adiamento e também uma reunião, para já ainda por agendar.

“Mais uns meses até que se possa começar a perceber qual será a situação económica que nos está reservada”

“Como é do conhecimento geral, a pandemia do Covid-19 alterou por completo tudo aquilo que qualquer empresário pudesse ter previsto. Causou um clima de incerteza quanto à viabilidade dos negócios, havendo necessidade de mais uns meses até que se possa começar a perceber qual será a situação económica que nos está reservada – carta enviada ao presidente da Câmara por comerciantes e proprietários (consultar aqui).

Discurso direto

“Sobre a avenida, a conversa está feita. É uma operação que vai ajudar a vivenciar a cidade. Temos tido obras com ruas completamente cortadas ao trânsito, com passagem pedonal. Os comerciantes mantiveram atividade com recorde de vendas.
Alguém garante que não haverá uma segunda vaga do Covid? Ninguém.
O presidente da Associação Comercial de Aveiro disse-me ‘aproveite presidente e comece já a avenida e o Rossio’. O Primeiro-Ministro tem pedido isto, obras, investimento público para compensar a quebra no privado.
Queremos tornar o território mais atrativo. para voltar a conquistar turistas.
Estamos determinados em seguir em frente. A nossa gente, os comerciantes, os investidores contam connosco.
Temos capacidade de apoiar o que for necessário na fase pandémica.
Marcarei a reunião sobre a avenida com quem pediu proximamente, faltava o visto do Tribunal de Contas e o planeamento para podermos falar sobre a estratégia de execução da obra” – Ribau Esteves, presidente da Câmara.

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