No seu espaço de opinião no Porto Canal, Ribau Esteves não deixou de ser confrontado com a controvérsia que está a marcar o lançamento da candidatura do PSD em Aveiro encabeçada por Luís Souto, a escolha feita pelo presidente do partido, Luís Montenegro. Reafirmou as razões da sua discordância, apontando ao presidente da Assembleia Municipal falta de perfil para o cargo a que concorre, não parecendo interessado apoiar a campanha, papel que reserva para os apoiantes da decisão tomada pela nacional.
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O edil deu “a garantia” sim que vai “continuar a contribuir para a valorização da bandeira do PSD e da Aliança com Aveiro, para continuar a “executar o seu mandato como de excelência” até ao fim, “discordando” mas também “respeitando a decisão do presidente do partido”.
Questionado se iria ser uma ‘força de bloqueio’ à candidatura de Luís Souto respondeu “nunca na vida”, mas sem esconder a falta de entusiasmo com a escolha feita pela nacional. “Havia um candidato que se fosse ele iria manifestar-me contra publicamente e dizer porque. Há agora um que discordo, porque havia melhor e referenciei quem era”, assumindo que sempre tentou ‘vingar’ o nome do seu vice-presidente Rogério Carlos, que o acompanha desde os tempos da Câmara de Ílhavo.
Ribau Esteves referiu que “a lógica de continuidade” até chegou a receber “compreensão” da nacional, que no entanto foi adiando qualquer compromisso. “O fantástico trabalho de 11 anos e mais 9 meses tinha de ter continuidade com gente que tem experiência, que conhece por dentro e trabalha. Obviamente o número dois tem essas condições”, afirmou.
As ‘ondas de choque’ com o anúncio da candidatura de Luís Souto levaram à demissão dos dois elementos que aparentemente estiveram mais empenhados em colocar o atual número dois do executivo na ‘rampa de lançamento’ para encabeçar a lista: Simão Santana, presidente da concelhia, e o próprio Ribau Esteves, presidente da assembleia de militantes. Rogério Carlos, que era vogal, seguiu o exemplo. Aguarda-se a recomposição da concelhia.
Discurso direto
[Luís Souto] “É o atual presidente da AM, tem carreira universitária, sem nenhuma experiência de gestão. É decisão do partido, legítima, obviamente. Há militantes, eu incluindo, que não concordam. Não somos obstáculos de nada, mas entendemos que não é a melhor decisão em cima da mesa. O processo tem de ser liderado por pessoas que concordam, em total solidariedade também demiti-me” – Ribau Esteves, presidente da Câmara de Aveiro.
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