O município de Aveiro está a cumprir as suas “obrigações legais” no que toca à limpeza florestal das faixas laterais de terrenos confinantes com a rede viária numa largura não inferior a 10 metros.
A garantia foi dada pelo presidente na Assembleia Municipal realizada sexta-feira passada em Nossa Senhora de Fátima, após alertas deixados pelo deputado do PCP Filipe Guerra no período antes da ordem do dia.
“Estamos a ser seguramente exemplares, temos estado a fazer o nosso trabalho para baixar os riscos de incêndio”, disse Ribau Esteves.
Sobre as habitações afectadas pelos fogos de outubro 2017, nesta altura está apenas por concretizar uma reconstrução, já entregue a empreiteiro, no âmbito dos apoios atribuídos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro (CCDRC).
“Temos feito o nosso trabalho, de arranjar ajuda, para as sete casas e uma empresa atingidas com descrição. Somos contra a festa à volta destas matérias. Trabalhamos sem inaugurações e sem espectáculo, Está quase tudo feito”, adiantou o edil.
Falta de ordenamento deixa Reserva Natural de São Jacinto “num matagal”
Ribau Esteves lamentou que o Governo tenha dado prioridade a alterações, nomeadamente ao nível da Proteção Civil e do combate aos fogos, do que ao ordenamento florestal, “que continua a não ser praticado, incluindo nas matas do Estado”.
Deu o exemplo da Reserva Natural de São Jacinto, transformada “num matagal que é é cada vez menos um parque natural, por falta de combate à invasora acácia”.
O autarca foi questionado na Assembleia Municipal sobre o abate de árvores na praça Marquês de Pombal, junto ao Palácio de Justiça, e no parque Infante D. Pedro, voltando a reafirmar que houve razões, nomeadamente fitossanitárias e de segurança. “Sou a única pessoa que é responsável pela queda de uma árvore que mate alguém”, lembrou, garantindo que a Câmara planta “muitíssimo mais plantas do que manda abater”.
Município de Aveiro apoia encargos com reconstrução de duas casas atingidas pelos fogos de 2017