Aveiro: Autarquia explica motivo do abate de árvores na Avenida 25 de Abril

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Intervenção nas árvores da Avenida 25 de Abril, Aveiro.

Uma “importante operação de manutenção e cuidado do parque arbóreo da Avenida 25 de Abril”, na cidade de Aveiro, arrancou esta segunda-feira.

Das 70 árvores existentes, os especialistas diagnosticaram 19 choupos “com acentuado risco de fratura”, considerando, por isso,como muito urgente o abate de nove sem possibilidades da sua recuperação, informa a Câmara de Aveiro.

Os trabalhos estão a cargo de uma empresa da especialidade em “estreita ligação” com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD).

O corte foi precedido de “uma avaliação fitossanitária e de risco de fratura das árvores” que concluiu pela “condição de declínio dos choupos”.

Tal “ficou bem patente” em medições dendrométricas das lesões, identificação dos agentes bióticos e medições da condição do lenho através de resistógrafo.

As árvores em causa “colocam em risco pessoas e bens”, adianta a autarquia aveirense.

Para as restantes 10 árvores, serão realizadas “podas e tratamentos fitossanitários que ajudem a diminuir o volume e peso das copas, e assim a probabilidade de fratura.”

Os técnicos concluiram que “a maioria” das árvores existentesna Avenida 25 de Abril “apresentam uma condição débil devido à sua má adaptação ao local, mas sobretudo pela idade avançada, espaço exíguo para as raízes e cortes de pernadas em atarraques”.

“Cientes da importância que tem o parque arbóreo da zona no desempenho de um papel ecológico e ambiental relevante para a zona, a Câmara diz que “vai prosseguir com a renovação gradual do património arbóreo.”

A operação de corte faz parte da “reabilitação global “da Avenida 25 de Abril, que se encontra em fase final de projeto.

A edilidade pretende dar a esta artéria “mais espaço para os peões, ciclistas e espaços verdes com qualidade e sustentabilidade, evitando que no futuro seja necessário realizar novas operações de abate de árvores.”

O projeto prevê a criação de um corredor ciclável, a valorização do espaço público destinado ao peão e a criação de uma plataforma de ligação desde a frente da Escola José Estevão à Praceta Infante D. Henrique (que faz a ligação à Rua de São Sebastião e ao Largo das “5 Bicas”).

O Movimento Juntos Pelo Rossio, que tem vindo a acampanhar de forma crítica as intervenções no parque arbóreo da cidade, já veio lamentar o avanço da intervençãomais recente sem a autarquia disponibilizar os relatórios fitossanitários que foram pedidos há cerca de meio ano.

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