Aveiro: Assembleia Municipal regressou ao trabalho sem esquecer a pandemia

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Assembleia Municipal de Aveiro (Centro Cultural e de Congressos).
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“Está aliviado, mas longe de ser resolvido. E ainda na introdução à crise económica e social”. O presidente da Câmara de Aveiro fechou, sem se alongar, com uma nota de cautela o período antes da ordem do dia, no arranque da Assembleia Municipal (AM) ordinária de abril, esta quarta-feira à noite, em que a pandemia, como se esperava, mereceu intervenções dos eleitos.

Numa sessão transferida do edifício sede da AM para o Centro Cultural de Congressos, já com várias semanas de atraso em relação à data habitual, motivado pela situação de saúde pública, Ribau Esteves remeteu um desenvolvimento maior do tema para a sessão ordinária de junho, a realizar ainda este mês, que incluirá um ponto relativo exclusivamente sobre o Covid-19, que causou no concelho, até ao momento, 33 óbitos. Já o total de infetados referidos esta quarta-feira pela Direção Geral de Saúde era de 353.

A única fricção sobre o Covid-10 aconteceria no ponto da agenda de trabalhos dedicado à comunicação sobre a gestão camarária, com o o edil a ficar desagrado com a intervenção de Jorge Gonçalves, do PS, para quem impunha-se maior empenho municipal no combate à pandemia. Ribau Esteves rejeitou o reparo, lembrando que as autarquias, como a saúde, estiveram na primeira linha dos apoios. Deu o exemplo local, quando foi necessário levantar a voz pela falta de testes para rastreios, especialmente nos lares.

No período antes da ordem do dia, Filipe Guerra, do PCP, mostrou preocupação com o impacto económico e social, referindo-se à subida do desemprego no concelho, que atinge 2823 pessoas apenas em abril, e dificuldades encontradas pelas empresas mais pequenas.

Pelo Bloco de Esquerda, Rita Batista salientou o papel dos “serviços públicos, que foram o sustento de todos”, desde as escolas ao Serviço Nacional de Saúde, impondo-se que sejam “mesmo robustos”. Pela negativa, aludiu à “destruição de muitos postos de trabalho”, que atingiram em 90 % dos casos mulheres.

À direita, Jorge Greno (CDS) congratulou-se com a resposta dada perante “algo para que ninguém estava preparado”, correndo “relativamente bem no geral”. Impõe-se, ressalvou, que “sirva também de exemplo para algumas coisas no nosso futuro”.

O PS, através de Francisco Picado, destacou a reação dada “de forma acertada pelos que lideram”, mas também dos profissionais de saúde ou de outros que estiveram no seu posto de trabalho, “bem como os que ficaram confinados” para que “a vida continuasse, mesmo que limitada”. O eleito socialista só lamentou que o Covid-19 tenha também “revelado o pior”, nomeadamente “dos que instigaram o contrário quando se pedia união”, ressalvando que ainda não é tempo de “balanços finais”.

Manuel Prior, do PSD, quis elogiar a solidariedade gerada localmente, destacando como “exemplo a seguir por todos” que foi a doação de material organizado “pelas juventudes partidárias” concelhias.

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